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26 de Dezembro de 2025
Foto: Freepik
Com a chegada do verão e das altas temperaturas, cuidados simples podem evitar complicações graves de saúde. Um levantamento do estudo “Salud Urbana em América Latina” (Salurbal), publicado em 2022 na revista Nature e conduzido com a participação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade de São Paulo (USP), aponta que temperaturas extremas tanto de frio quanto de calor foram responsáveis por quase 6% das mortes registradas em cidades da América Latina. A análise envolveu 326 municípios de nove países.
Nesse contexto, o médico da família, Dr. Raul Queiroz, da UBS Jardim Valquíria, unidade gerenciada pelo CEJAM, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, explica que o golpe de calor ocorre quando o corpo ultrapassa 40°C e perde a capacidade de regular a própria temperatura.
O processo envolve falhas em mecanismos essenciais, como a dilatação dos vasos sanguíneos, sudorese, aumento da frequência cardíaca e a manutenção dos níveis adequados de líquidos, resultando em febre alta persistente, confusão mental, ausência de suor e rápida piora dos sintomas.
“A exposição prolongada ao calor causa exaustão desses mecanismos, resultando em processos inflamatórios e disfunções metabólicas que podem afetar múltiplos órgãos como cérebro, rins, fígado e coração, levando a síncope, lesão orgânica grave e colapso circulatório”.
O médico esclarece que a exaustão por temperaturas elevadas é uma forma mais leve de distúrbio térmico e ocorre quando há grande perda de líquidos e sais minerais, mas ainda existe alguma capacidade de dissipação térmica.
“Nessas situações, o corpo costuma conseguir manter a temperatura abaixo de 40°C, podendo surgir sintomas como fraqueza, cefaleia, náuseas e tontura. Se não controlada, tende a causar fadiga, lentidão mental e diminuição da atenção, o que pode indicar um colapso térmico iminente”.
Entre os grupos mais vulneráveis estão idosos, crianças pequenas, gestantes, trabalhadores e atletas expostos ao sol, pessoas com doenças renais, cardíacas ou metabólicas, além de moradores de áreas urbanas com pouca circulação de ar, onde prevalece o efeito das chamadas “ilhas de calor”.
Sobre a desidratação, Queiroz pontua que os sinais variam conforme a gravidade: nos quadros leves há sede, boca seca e urina amarelada; nos moderados, tontura, fraqueza, taquicardia e urina escura; já nos casos graves surgem confusão mental, sonolência, redução ou ausência de urina, queda da pressão arterial e pele fria.
Ele reforça que o mal-estar leve costuma melhorar com descanso, sombra e hidratação. “Crianças e idosos exigem atenção redobrada, pois podem apresentar sinais sutis ou pouco perceptíveis”.
Em situações de urgência, medidas imediatas podem ajudar enquanto o socorro não chega. O médico orienta a acionar o SAMU (192), levar a pessoa para um ambiente ventilado e sombreado, deitá-la com as pernas elevadas, aplicar panos úmidos, borrifar água fria, utilizar ventiladores e oferecer pequenos goles de água, caso esteja consciente.
Também alerta para erros comuns que devem ser evitados, como oferecer grande quantidade de água de uma só vez, dar bebidas alcoólicas ou energéticas e usar banhos muito frios. “A reposição intravenosa de líquidos é indicada quando há vômitos, sonolência, confusão mental, hipotensão ou ausência de urina, sendo o soro fisiológico isotônico o mais utilizado”, completa.
Para prevenir problemas associados a dias quentes, o especialista recomenda evitar atividades físicas ao sol entre 10h e 16h, optar por horários mais frescos, fazer pausas frequentes, hidratar-se constantemente e descansar em locais sombreados. O uso de roupas leves, claras e de tecidos respiráveis, além de chapéus, óculos escuros e protetor solar, contribui significativamente para a proteção térmica.
A ingestão de água, sucos naturais, leite, água de coco, chás leves e frutas ricas em água é essencial para repor líquidos e eletrólitos. Bebidas alcoólicas, refrigerantes e opções muito açucaradas devem ser evitadas. “A cor da urina é o melhor indicador de hidratação adequada, devendo ser clara com o volume habitual”.
Dr. Raul ressalta que o aumento das ondas de calor exige medidas estruturadas de saúde pública, como alertas meteorológicos, campanhas educativas, pontos de hidratação em áreas de grande circulação, capacitação de equipes de saúde e oferta de locais de descanso para trabalhadores expostos ao sol. “Essas medidas simples podem prevenir internações, reduzir acidentes e salvar vidas”, finaliza.
Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento
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