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10 de Novembro de 2019

É comum as pessoas acreditarem que todos os deficientes procriarão “deficientezinhos”. Isso é um MITO. Nem todas as deficiências têm origem genética ou são hereditárias. Vamos por parte nesse

As deficiências podem sim ter origem genética, mas isso não é via de regra. É mais que “natural” surgirem deficiências no período de gestação, ou durante uma intercorrência no parto ou ainda nos primeiros dias de vida da criança. Temos ainda as deficiências oriundas de  doenças crônicas ou transmissíveis, desnutrição, perturbações psiquiátricas, pelo fato da mãe ser dependente de drogas, lesões ou traumas. 

 

Quando falamos em gestação, falamos metaforicamente de um tiro no escuro. Existem pais totalmente saudáveis e sem histórico familiar de alguma deficiência, mas que foram surpreendidos com o nascimento de um filho deficiente devido a complicações no parto ou pré-parto, por isso a importância de um bom e eficaz atendimento pediátrico acompanhado de exames nas primeiras horas de vida extrauterina... Não posso passar batido sobre os casos de infecções e meningite que podem ocorrer durante e após o parto ocasionando lesão do sistema nervoso central. Esbarramos-nos novamente com pais totalmente saudáveis e sem histórico familiar de alguma deficiência, e que não enfrentaram nenhuma complicação pré ou pós-parto, mas com o passar do tempo começam notar limitações em suas crianças e, posteriormente após uma investigação clínica fecham o diagnóstico com alguma deficiência sensorial, física, visual, auditiva etc. Justamente por casos assim que a sociedade médica ressalta a importância de algumas medidas preventivas como os testes do pezinho e da orelhinha, com o objetivo de verificar a presença de alguma doença genética.

 

Em suma... Nem sempre as crianças se desenvolvem plenamente ou da forma esperada pelos pais. Uma característica da vida é a surpresa. Não estou menosprezando a eficiência de inúmeros exames durante o pré-natal, entretanto eu sou realista e lembro a ineficiência da nossa saúde pública oferecida pra grande massa da população. A grande massa que é responsável pelo aumento da natalidade. Quando falo da ineficiência, afirmo sobre a falta de saneamento básico que ocasiona infecções. Falo da ineficácia da assistência no pré-natal como a demora na liberação de exames mais específicos durante a gestação, à demora no retorno médico e outros fatores que contribuem diretamente ou não para o aumento de diagnósticos de deficiências que poderiam ser “sanadas” com o acompanhamento adequado.

 

Concluindo o primeiro MITO sobre pessoas com deficiência colocando pessoinhas “deficientezinhas” no universo, finalizo lembrando que a gestação não é a principal causa do aumento no número de deficientes na sociedade. Afinal, a principal responsável por amputar, causar lesões resultando em paraplegias, tetraplegias etc, lesões cerebrais e afins, é a imprudência no trânsito como dirigir alcoolizado que “promove” milhares de pessoas sem nenhuma limitação para a categoria de pessoas com deficiência. Segundo o Denatran, mais de 501 mil brasileiros são vítimas não fatais de acidentes em ruas e estradas todos os anos, muitos ficando com lesões permanentes. Temos ainda a violência por arma de fogo como corresponsável pelo crescente número de deficiências no país. 

 

Segundo informações presentes na Cartilha do Censo 2010 sobre as pessoas com deficiência, lançada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, temos no Brasil 45.606.048 brasileiros, desse total 23,9% da população têm algum tipo de deficiência – física, auditiva, sensorial, intelectual ou mental. Em primeiro lugar temos um maior número de pessoas com deficiência visual, afetando 18,6% da população brasileira. A deficiência física ou motora fica na casa dos 7%, posteriormente temos 5,10% de pessoas com deficiência auditiva, e 1,40% de cidadão com deficiência mental ou intelectual. Esses dados são oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

 

Pra termos uma noção mais presente que a gestação não é a “mãe” das deficiências... Olha o caos que está na favela da Rocinha na cidade do Rio de Janeiro, tiro pra todo lado, quase que uma “guerra civil”. Das vítimas atingidas por arma de fogo e que não morreram, quantas ficarão com alguma deficiência, limitação? Garanto que a maioria. 

Fonte: G1

Deficiente Saúdavel

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