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31 de Outubro de 2024

Especialista esclarece as principais dúvidas sobre osteoporose

Cerca de 10 milhões de brasileiros e mais de 500 milhões de pessoas em todo o mundo são afetadas pela osteoporose, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença provoca a diminuição da densidade óssea, deixa os ossos mais frágeis e aumenta significativamente o risco de fraturas, especialmente entre idosos.

Silenciosa, a osteoporose muitas vezes pode passar despercebida, o que a torna ainda mais arriscada: estima-se que 80% das pessoas que convivem com a condição não sabem que a têm.

Pensando nisso, o Dr. Fabiano Latrilha, geriatra do CEJAM, responde as principais dúvidas sobre o tema:

Quais são os sintomas mais comuns?

Alguns dos sintomas mais comuns são a diminuição da força para segurar e levantar objetos com as mãos, redução da altura corporal, dor nas costas, formigamento nas pernas, dor no pescoço e restrição da mobilidade.

A pessoa sempre vai sentir esses sintomas?

Não! Na maioria das vezes, a osteoporose é assintomática. Por isso, é essencial que os pacientes que se enquadrem nos critérios de rastreamento já comecem o tratamento antes da primeira fratura, para assim, evitarem maiores impactos.

É verdade que as mulheres sofrem mais?

Sim! O esqueleto acumula massa óssea até por volta dos 30 anos, sendo que essa massa é maior nos homens do que nas mulheres. A partir dessa idade, há uma perda gradual de 0,3% de massa ao ano.

Nas mulheres, essa perda é mais acentuada nos primeiros dez anos após a menopausa, especialmente nas que são sedentárias. Isso ocorre porque o hormônio estrogênio, que estabiliza o metabolismo ósseo, diminui após a menopausa, tornando as mulheres mais vulneráveis ​​à perda de massa óssea.

Existem grupos de risco?

Sim, existem. Além das mulheres, principalmente aquelas que estão na fase da menopausa, outros grupos de risco incluem pessoas com idade superior a 65 anos, indivíduos de raça branca ou asiática, pessoas com baixo peso ou Índice de Massa Corporal (IMC), aqueles com histórico familiares da doença, indivíduos que sofreram perda de altura superior a 3 cm e homens com mais de 70 anos.

É possível prevenir a osteoporose?

Sim, a prevenção da osteoporose pode ser feita a partir de vários cuidados no dia a dia, como a prática regular de exercícios físicos; uma alimentação rica em cálcio; manutenção de níveis adequados de vitamina D; evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool e fazer exames de densitometria óssea, caso a pessoa faça parte de algum dos grupos de risco.

A osteoporose tem cura?

Infelizmente a osteoporose não tem cura, mas pode ser tratada e gerenciada para reduzir o risco de fraturas, retardar a perda de massa óssea e fortalecer os ossos.

Existem medicamentos para o tratamento?

Sim, existem. Hoje temos os bifosfonatos e os moduladores seletivos dos receptores de estrogênio, que também são usados ​​no tratamento da osteoporose.

Além da medicação, o que mais pode amenizar os sintomas?

Evitar o consumo excessivo de café, gorduras e álcool, expor-se ao sol de forma moderada, consumir verduras de folhas escuras e praticar atividades físicas podem ajudar a amenizar os sintomas.

A musculação pode ajudar? Se sim, como?

Sim, a musculação pode ajudar no tratamento da osteoporose, pois a atividade física cria tensão nos músculos e ossos, o que contribui para o aumento da densidade óssea e fortalecimento dos ossos.

Há outros exercícios recomendados para quem sofre da doença?

Além da musculação, a pessoa pode fazer outras atividades. A dança, por exemplo, não só proporciona um bom treino cardiovascular, mas também melhora a coordenação e o equilíbrio. Subir escadas é outra atividade eficaz que pode ajudar a fortalecer os ossos no dia a dia. Sem esquecer as caminhadas regulares e hidroginástica, que são opções fantásticas.

Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento

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