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22 de Maio de 2024

Hospital no Rio incentiva amamentação para combater os altos índices de insegurança alimentar

Em um cenário marcado por desafios socioeconômicos e de saúde pública, o Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, gerenciado pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, abraça a causa da amamentação como ferramenta crucial para o combate à insegurança alimentar da população.

De acordo com o último levantamento do Instituto Fome Zero (IFZ), 20 milhões de pessoas ainda estão no mapa da fome no Brasil. A pesquisa foi feita em 2023 e revela que o número teve uma queda importante, frente aos 33 milhões de brasileiros vivendo com insegurança alimentar durante a pandemia. No entanto, a situação ainda é preocupante.

Este foi um dos temas abordados pela equipe do hospital durante o Encontro Nacional de Aleitamento Materno, evento realizado no mês de abril que contou com apresentação de trabalhos e exposição das iniciativas que vêm sendo desenvolvidas em todo o país para enfrentamento do problema.

Para Rudson Damasceno, responsável pela área de ensino, pesquisa e educação permanente do Mariska, ao atuar em um hospital público do Rio de Janeiro, onde as disparidades socioeconômicas são evidentes, a insegurança alimentar representa uma preocupação significativa.

“A insegurança alimentar ainda é uma questão urgente, que impacta diretamente a saúde da população, especialmente a das crianças na primeira infância, que são mais vulneráveis ​​aos efeitos adversos da má nutrição”, reforça.

O especialista ainda frisa que este é um passo necessário para promover não apenas a saúde individual, mas também o desenvolvimento saudável e sustentável de nossa comunidade como um todo. Ele explica que a instituição vem observando uma correlação direta entre a promoção da amamentação e a melhoria da saúde infantil, com consequente redução nas taxas de reinternação por desnutrição e doenças relacionadas à má alimentação.

“O leite materno, além de gratuito, é uma fonte de nutrição essencial aos bebês, fornecendo todos os nutrientes necessários para um crescimento saudável, além de promover o vínculo mãe-bebê e proteger contra doenças infecciosas.”

Embora seus benefícios e vantagens sejam evidentes, alguns desafios sobre o assunto não podem ser ignorados. Segundo Damasceno, um grande obstáculo para a adesão das famílias à amamentação está na falta de conscientização sobre a importância do aleitamento materno exclusivo nos primeiros meses de vida do bebê.

Além disso, a insegurança alimentar afeta diretamente o acesso das famílias a alimentos nutritivos. “A falta de acesso a uma dieta balanceada pode prejudicar a produção de leite materno adequada. É importante entender que o estresse e a ansiedade causados ​​pela incerteza em relação à alimentação e à segurança alimentar também podem afetar negativamente a capacidade das mães de amamentar de forma satisfatória”, pontua o profissional.

Outra questão é a necessidade de se estabelecer programas de apoio social e comunitário permanentes a essas famílias, que muitas vezes são prejudicadas pela falta de acesso a recursos e orientações sobre como superar os problemas relacionados à amamentação e à alimentação infantil.

Pensando nisso, o Mariska Ribeiro criou uma série de iniciativas com o objetivo de fornecer esse apoio e acolhimento às mães, sejam elas pacientes da maternidade ou não. Em 2023, o hospital inaugurou o Banco de Leite Humano (BLH), lactário e Sala de Apoio a Amamentação, marcando um avanço significativo nessa jornada. Essas instalações não apenas aprimoraram a gestão do leite humano, mas também contribuíram diretamente para a redução dos gastos com fórmulas infantis, resultando em economias substanciais para a instituição.

Além disso, o hospital implementou estratégias para promover o início precoce do aleitamento materno ainda na sala de parto, incluindo a "Hora Ouro", que envolve o clampeamento oportuno do cordão umbilical, contato pele a pele e aleitamento precoce.

“Também na sala de parto, são realizadas ações no sentido de promovermos uma experiência positiva e respeitosa para a mulher durante o trabalho de parto e o parto em si. Isso inclui garantir que a mulher tenha autonomia para tomar decisões informadas sobre o seu parto, respeitando suas preferências e necessidades individuais”, acrescenta Damasceno.

Essas práticas têm sido fundamentais para aumentar os índices de amamentação exclusiva tanto no centro de parto normal quanto no centro cirúrgico da instituição, empenho que garantiu o selo de qualidade IHAC (Iniciativa Hospital Amigo da Criança), conferido pelo Ministério da Saúde com o intuito de incentivar práticas que promovam, protejam e apoiem o aleitamento materno no âmbito hospitalar.

Compreendendo a importância dessa atuação em prol da melhoria contínua da qualidade de vida de toda a comunidade, a instituição segue com o propósito de oferecer um atendimento humanizado e qualificado. Dessa forma, a Sala de Apoio à Amamentação, instalada dentro do Hospital Mariska Ribeiro, é um serviço aberto a toda a população, com atendimento 24 horas às mães e seus bebês, no que se refere a questões relacionadas ao aleitamento, independentemente se realizaram seus partos nesta ou em qualquer outra unidade de saúde.

Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento

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