O último domingo do mês de janeiro é estabelecido pelo Ministério da Saúde (MS) como o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hanseníase. Considerada infectocontagiosa e de evolução lenta, a doença se manifesta por meio de sinais e sintomas como lesões na pele, nos olhos, mãos e pés.

De acordo com dados do Ministério, houve redução de 68% na taxa de prevalência de hanseníase nos últimos anos, passando de 4,52 em 2003, para 1,42 por 10 mil habitantes, em 2013. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o segundo no ranking de incidência da hanseníase no mundo. Só em 2014 foram registrados mais de 24 mil casos no país.

A hanseníase representa um problema de saúde pública e merece atenção. Por isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito nas Unidades Básicas de Saúde. Em abril de 2015, o Hospital Dia Rede Hora Certa M’Boi Mirim I, gerenciado pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com o CEJAM, tornou-se referência para atendimento aos usuários com a doença.

“Estamos desenvolvendo um trabalho constante para ampliar a divulgação da doença por meio de palestras na sala de espera, busca ativa na pré-consulta de enfermagem, distribuição de folhetos educativos e encaminhamento médico de casos suspeitos ao dermatologista responsável pelo Programa”, afirma a gerente Vilma Farias. “Além disso, realizamos uma parceria com a equipe teatral da Fábrica da Cultura, localizada na região, para encenação de peças teatrais, o que contribuiu para o conhecimento da doença e inclusão social”, diz.

O Hospital recebe os usuários encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da microrregião M’Boi Mirim e, em seguida, a médica realiza a avaliação dos pacientes e dá continuidade ao tratamento para os casos confirmados de hanseníase. “O nosso maior desafio é fazê-los entender que é fundamental seguir o tratamento, pois ele é eficaz e permite a cura da doença, caso não seja interrompido”, finaliza a gerente.

Sobre a hanseníase

A hanseníase, popularmente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa que atinge a pele e os nervos das extremidades do corpo e pode causar deformidades físicas. A doença tem cura e os sintomas mais graves podem ser evitados com o diagnóstico no início da doença e o tratamento imediato.

A transmissão se dá por meio de uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença e que, estando sem tratamento, elimina o bacilo por meio das vias respiratórias, podendo assim infectar outras pessoas. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas pode variar de dois a até mais de 10 anos.

Ação de sensibilização

Em comemoração ao Dia Mundial de Combate à Hanseníase, o Hospital Dia da Rede Hora Certa M’Boi Mirim I promoverá, no dia 26 de janeiro (terça-feira), uma ação para sensibilização dos usuários quanto aos sinais e sintomas da doença. Além dos cartazes espalhados pela unidade e folhetos informativos, os usuários e visitantes poderão assistir à palestra “Hanseníase: procurar para curar”, com a dermatologista Dra. Ilana Campos Lemos Prata, que fará no decorrer do dia explanações sobre a doença e casos bem sucedidos.

Fonte: Felipe Nascimento - Assessoria de Imprensa CEJAM