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14 de Setembro de 2016

CEJAM na Mídia: Dr. Alberto Guimarães fala sobre sexo durante a gravidez

Quando se trata de sexo, muitas pessoas se sentem constrangidas ao buscar por respostas para seus questionamentos. Se o tema é sexo durante gravidez, alguns têm ainda mais dificuldade de falar sobre o assunto. Conversamos com Alberto Guimarães, ginecologista e obstetra defensor dos conceitos de parto humanizado e gerente médico do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (CEJAM), e com a psicóloga e sexóloga Priscila Junqueira, para tirar as dúvidas mais frequentes das gestantes. Deixe os tabus de lado e descubra, a seguir, respostas para suas inquietações.

1. Com que frequência posso ter relação sexual durante a gravidez?
Não existe um número certo. O casal pode manter o mesmo ritmo de antes da gestação. Se surgir alguma dúvida, a mulher e o companheiro devem questionar o obstetra que está acompanhando a gravidez – e não precisa ter vergonha! Faz parte do papel do médico responder a esse tipo de questão. A relação sexual é incentivada na grande maioria das gestações. Apenas em situações específicas, recomenda-se evitar o sexo: se houver placenta prévia total, sangramento vaginal, cólicas ou caso o médico identifique risco de trabalho de parto precoce.

2. Há algum risco de machucar o bebê durante a relação sexual?
Não. A posição do colo do útero não permite que o bebê seja alcançado durante o sexo. Vale ressaltar que a relação sexual na gravidez não faz mal e não é proibida – pelo contrário!

3. Quais são as posições mais indicadas e quais devem ser evitadas?
O casal que está no clima e com vontade de transar acaba encontrando a melhor posição conforme a barriga cresce, segundo os especialistas. De lado, pode ficar mais fácil e confortável, por ser uma posição que não envolve o peso de um sobre o outro. Também vale o homem ficar por baixo, de modo que a mulher consiga controlar melhor a situação. Recomenda-se apenas evitar que o homem fique por cima, especialmente quando a gestante já está com aquele barrigão.

4. Meu desejo sexual vai mudar durante a gestação e após o parto?
Muito provavelmente sim, por conta das mudanças hormonais e até por questões emocionais. Algumas mulheres mantêm o mesmo ritmo, mas, de maneira geral, o desejo costuma diminuir um pouco durante a gravidez. Até porque, para a maioria das gestantes, o foco das atenções acaba sendo o bebê que está por vir. A própria mama deixa de vista como um órgão de atenção sexual e passa a ganhar um novo contexto. Não raro, pode haver algum desconforto vaginal, levando à dor na hora da penetração (causado pelo aumento da vascularização da área). Por isso, o uso de gel lubrificante ajuda bastante. Após o nascimento do bebê, a mudança no desejo costuma continuar, especialmente se surgirem outras questões emocionais, como ansiedade, baixa autoestima ou depressão pós-parto.

5. Quanto tempo devo esperar para ter a primeira relação sexual após o parto?
Pelo menos 40 dias. É a famosa quarentena. Vale tanto para parto normal como para cesárea. Antes disso, a prática sexual é desaconselhada, porque o corpo ainda está se recuperando e o útero está voltando ao seu tamanho normal.  Muitas vezes, até após esses 40 dias a mulher ainda pode apresentar algum desconforto e se sentir um pouco insegura para o sexo.

6. Estou grávida e meu companheiro não quer ter relação sexual até o bebê nascer. O que fazer?
Alguns homens têm medo de machucar o bebê. Outros se sentem constrangidos, acham que “não é certo” transar com a mulher grávida – mas saiba que tudo isso não passa de mito. Se o companheiro se recusa a manter relação sexual, a mulher deve conversar sobre o assunto com ele, para entender o que o amedronta. É preciso compreender porque ele não quer. Em alguns casos, o homem passa a ver a companheira apenas como mãe, e não a enxerga mais com o corpo erotizado. Caso a conversa entre o casal não baste, é válido procurar um profissional que possa auxiliar.

7. Vou sentir algum tipo de desconforto nas primeiras relações após o parto?
Costuma haver diminuição da lubrificação vaginal, por conta das mudanças hormonais. Então o uso de gel ajuda a minimizar o desconforto. Quem teve cesárea pode ficar com uma certa “lembrança do parto”, isto é, a região do corte permanecer sensível e dolorida por um tempo.

8. O parto normal altera o canal vaginal e compromete as relações?
Não. Isso é mito. Os médicos alertam: é mera desculpa dizer que a mulher não deve ter parto normal porque ele “estraga” a vagina. Recomenda-se que a mulher se prepare para o parto fazendo exercícios (como os de Kegel) durante o pré-natal, o que facilita a hora de trazer o bebê ao mundo. Outro benefício é que os exercícios ajudam a aumentar a consciência da mulher sobre seu canal vaginal. Após o nascimento, tudo volta ao que era antes. Inclusive, os médicos dizem que o sexo tende a ficar até melhor, já que a mulher adquire maior conhecimento sobre como usar a musculatura da vagina para contrair e relaxar.

9. Não me sinto confortável com o meu corpo e por isso evito relações. O que fazer?
Algumas mulheres engordam muito na gestação e, consequentemente, o corpo muda. Isso pode trazer alguma insegurança e diminuir a própria libido. Nestes casos, vale passar por uma avaliação com profissional, com ou sem a presença do marido. Muitas vezes, uma única conversa basta para a mulher colocar as ideias em ordem e ganhar mais confiança. Em outras situações, a terapia pode ser necessária.  O importante é a mulher se questionar para tentar compreender porque sua autoestima está baixa. Ajuda também pensar que se trata de apenas uma fase, que irá passar.

Fontes consultadas: Alberto Guimarães, ginecologista e obstetra defensor dos conceitos de parto humanizado gerente médico do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam); e Priscila Junqueira, psicóloga e sexóloga.

Fonte: Crescer Online

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