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02 de Agosto de 2021
Entre os dias 1º e 7 de agosto é celebrada a Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM), criada com o objetivo de promover e incentivar o leite materno como alimento exclusivo até o sexto mês de vida, se estendendo, de forma complementar, até os dois anos ou mais.
A campanha é comemorada no Brasil desde 1999 e faz parte das ações do Agosto Dourado, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em 1991.
A amamentação é, isoladamente, a estratégia que mais contribui para a diminuição da mortalidade infantil em todo o mundo, conforme a OMS. Dados do Ministério da Saúde apontam que o leite materno pode reduzir em até 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de 5 anos. Além disso, os riscos de desenvolver um câncer de mama reduzem em 6% a cada ano que a mulher amamenta.
Para a enfermeira Rosimeire da Silva Criscuolo, supervisora do Programa Parto Seguro, gerenciado pelo CEJAM, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, a campanha é importante para planejar, divulgar e executar ações de promoção da amamentação.
“Estas ações estão focadas na sobrevivência, proteção e desenvolvimento da criança. Com o Agosto Dourado, reforçamos os benefícios do aleitamento materno a curto, médio e longo prazo, impactando positivamente na saúde, na economia e nas
questões sociais.”
Além dos benefícios à saúde do bebê e da mulher, a enfermeira ressalta a importância do gesto para o desenvolvimento intelectual, cognitivo, social e emocional da criança, fortalecendo o vínculo entre mãe e filho para toda a vida.
A cor dourada foi escolhida para representar a campanha pelo fato de o leite materno ser considerado por especialistas “padrão ouro de qualidade”.
Rede de apoio à amamentação
Neste ano, a campanha aborda o tema “Proteja amamentação: uma responsabilidade compartilhada”, que, além conscientizar a sociedade acerca das vantagens do aleitamento materno, tem como objetivo divulgar a importância da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactantes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL), que protege as mulheres e suas famílias do marketing não ético.
Outra bandeira que a campanha levanta é a necessidade de fortalecer a importância da rede de apoio à amamentação, que se trata de um grupo de pessoas que contribui de alguma forma com a mãe.
Segundo a enfermeira, essa rede pode ser composta por diferentes pessoas, desde um marido, parente, amigo próximo, até um vizinho e uma instituição que dê suporte à mulher que esteja amamentando.
“A elas caberá o auxílio prático com os afazeres domésticos, compras no supermercado, cuidados com outros filhos e alimentação, hidratação e repouso da mãe, além do respeito e apoio às suas decisões. A mulher deve ser preparada, assim
como as pessoas à sua volta”, explica.
Blues puerperal
A profissional chama atenção para os riscos do blues puerperal, um estado momentâneo que atinge cerca de 50% a 80% das mulheres no período do pós-parto, entre o quarto e quinto dia, devido às alterações hormonais e de adaptação ao novo
papel de mãe.
De acordo com Rosimeire, isso pode interferir na amamentação e nos cuidados com o bebê, pois a mulher passa por momentos de altos e baixos, com crises de choro, tristeza, euforia, frustração, ansiedade, exaustão e insônia, esquecendo de si mesma em alguns casos.
“A mãe deve ser ajudada e tranquilizada por sua rede de apoio e pelos profissionais de saúde, pois trata-se de uma fase de adaptação”, explica a especialista, destacando que, para casos de blues puerperal, não há necessidade de medicação, mas sim de observação e acompanhamento.
Programa Parto Seguro
No Programa Parto Seguro, os colaboradores são capacitados para auxiliarem a mãe, o bebê e seus familiares no manejo do aleitamento materno.
Segundo a enfermeira, entre as ações práticas, os profissionais do programa orientam as mães sobre como reconhecer os sinais de fome de seu bebê, além de oferecer o peito à criança, observando questões como a boa pega e a posição do bebê. Eles também ensinam a auto-ordenha para esvaziamento da mama, quando necessário.
“Oferecemos informações relevantes às mulheres, além de ajuda prática, intensificando o processo antes do nascimento e durante toda a internação, para que a mãe saia de alta fortalecida para a prática do aleitamento materno”, finaliza.
Fonte: Imprensa, Criação & Marketing
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