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22 de Outubro de 2015
Os deficientes visuais que moram em Guarapuava, na região central do Paraná, encontram dificuldades para se locomoverem sozinhos nas ruas e calçadas da cidade.
A RPC acompanhou um dia da rotina do auxiliar administrativo Junior César Ferreira, que tem deficiência visual.
Ele conta que falta acessibilidade na região central e, por isso, não abandona a bengala. (A bengala é feita para isso, você localizar os obstáculos, como buraco e mato), afirma.
Todos os dias, Ferreira pega dois ônibus para chegar ao hospital onde trabalha. Ele não costuma pedir ajuda no embarque e no desembarque. O auxiliar administrativo sabe que sempre que passa uma lombada, é hora de apertar a campainha para desembarcar. Apenas na chegada ao trabalho, ele tem à disposição um piso tátil que facilita a locomoção.
Para orientar os deficientes visuais menos experientes nas caminhadas pelas ruas de maior movimento, a Associação dos Deficientes Visuais de Guarapuava dá aulas para os cegos sobre como andar no Centro com segurança.
O estudante Everton Luiz Rodrigues, que possui deficiência visual, lamenta que os direitos à acessibilidade não sejam respeitados. Ele dá uma dica às pessoas cegas. (Correr atrás e fazer que as autoridades, além de falar, pratiquem a acessibilidade), afirma.
A Prefeitura de Guarapuava afirmou que há projetos de acessibilidade, como a construção de rampas e pisos táteis no acesso aos prédios públicos, no entanto, a previsão é a de que as obras iniciem em 2016 com a liberação de recursos do Ministério das Cidades.
Fonte: G1.com
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