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13 de Setembro de 2018
Anteriormente conhecida como septicemia ou infecção generalizada, a sepse é uma inflamação generalizada do próprio organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. Essa inflamação pode levar a parada de funcionamento de um ou mais órgãos, com risco de morte quando não descoberta e tratada rapidamente. Dra. Daniela Medeiros, médica do #timecejam fala especificamente da sepse em crianças. Saiba mais sobre a doença que mata milhares de pessoas anualmente.
O que é sepse?
A sepse é uma doença caracterizada por: presença de foco infeccioso associada à síndrome da resposta inflamatória. A síndrome da resposta inflamatória é caracterizada por aumento da FR, aumento da FC e alterações no hemograma como aumento ou diminuição de leucócitos, que são as nossas células de defesa. A sepse pode ter três apresentações em crianças: sepse, sepse grave e choque séptico.
A sepse grave é a sepse associada à disfunção de órgãos. As disfunções podem ser: cardiovascular, respiratória, hematológica, neurológica, renal e hepática. O choque séptico é a sepse associada à disfunção que não melhorou com o tratamento inicial, sendo necessária a introdução de droga vasoativa. Se não tratarmos precocemente a sepse, ela pode evoluir para quadros mais graves que são a sepse grave e choque séptico. A mortalidade por choque séptico em crianças pode chegar a 35%.
Qual o tratamento inicial?
O tratamento é composto por oferecer antibiótico e solução cristalóide. Quanto mais cedo iniciarmos o tratamento, menor a chance de morte e de lesão permanente nos órgãos. Então é importante o diagnóstico rápido da sepse. Por isso utilizamos o protocolo de sepse como ferramenta para rastreamento e diagnóstico da sepse e prevenção de sepse grave e choque séptico. Em nosso protocolo utilizamos o ceftriaxone como antibiótico e utilizamos o soro fisiológico como solução cristaloide.
A sepse existe em crianças?
Sim.
Segundo a organização mundial de saúde, 80% das causas de morte em crianças são causadas por doenças infecciosas como pneumonia, diarreia. Um estudo recente estima-se que há 1,2 milhões de caso de sepse ao ano no mundo.
Quais as dificuldades em diagnosticar a sepse?
1- os valores para definirmos taquicardia e taquipneia variam de acordo com as diferentes faixas etárias.
2- os sintomas de sepse que são comuns a outras doenças. Asma e bronquiolite têm sintomas parecidos com sepse. Além disso, crianças podem apresentar alteração da frequência cardíaca e respiratória no momento da febre.
Quando devemos pensar em sepse?
Devemos pensar em sepse quando há um quadro infeccioso associado a alterações da FC e FR. Outros sinais importantes são a alteração de perfusão periférica e alteração de nível de consciência, que podem ser irritabilidade ou sonolência. A hipotensão é um sinal tardio em crianças.
Pais podem pensar em sepse quando houver um quadro infeccioso e houver algumas alterações como coração acelerado, respiração acelerada, alteração de comportamento ( crianças muito irritada ou muito sonolenta).
Clique aqui e assista o vídeo.
Fonte: Assessoria de Comunicação CEJAM
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