Apesar da pouca visibilidade, o esporte paralímpico no Brasil acumula resultados expressivos. Com um sétimo lugar no quadro de medalhas da Paralimpíada de Londres em 2012 e um primeiro disparado no Parapan-Americano deste ano, o país é considerado referência mundial nas modalidades para atletas com deficiência.
Com um investimento que não chegaà metade do valor destinado aos esportes olímpicos """" - o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) tem R$ 700 milhões e o CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), R$ 336,9 milhões, o esporte paralímpico brasileiro já é considerado""""potência mundial"""" e tem como meta, daqui um ano, em Rio 2016, o quinto lugar no quadro de medalhas.
(Já imaginou se tivéssemos o mesmo investimento (que os esportes olímpicos)? Seríamos os melhores do mundo), afirmouà BBC Brasil Daniel Dias, atleta da natação paralímpica e o maior medalhista brasileiro da história, com 15 medalhas em Paralimpíadas, sendo 10 de ouro.
A evolução aconteceu principalmente na última década. Na Paralimpíada de Atenas, em 2004, o Brasil ficou em 14º no quadro de medalhas, saltou para 9º em Pequim (2008) e 7º em Londres. Resultados que vieram após um conjunto de ações, segundo o CPB: planejamento, investimento na base e na renovação de talentos e foco na pulverização de medalhas.
Enquanto isso, o esporte olímpico no Brasil ainda luta para alcançar o mesmo sucesso. Nos Jogos de Londres, o Brasil ficou em 22º no quadro de medalhas e agora tem como meta o top 10 em 2016. O investimento tem sido alto, principalmente desde que o Brasil foi escolhido como sede dos Jogos, mas alguns resultados ainda deixam a desejar.
(É difícil fazer esse tipo de comparação), disse Adriana Behar, ex-jogadora de vôlei de praia e atual gerente de planejamento esportivo do COB.
(O trabalho do CPB é útimo, trabalhamos em parceria. Eles seguem o nosso conceito. Mas falamos de cenários bem diferentes. A competitividade é diferente, o investimento é diferente. Se olhar o cenário dos outros países dentro do ambiente olímpico tem outros indicadores, características, é mais competitivo).
Fonte: Deficiente Eficiênte