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06 de Agosto de 2021
Foto: Freepik
O colesterol alto pode trazer diversos riscos à saúde, entre eles o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, principal causa de morte no Brasil e no mundo, conforme dados do Ministério da Saúde. A data de 8 de agosto foi instituída em 2003 para conscientizar a população sobre a importância da prevenção e fazer um alerta sobre os riscos do colesterol alto.
Mas você conhece os danos desta gordura à saúde? A especialista no assunto, Raira Oliveira, nutricionista que atende na UBS Jardim Lídia, gerenciada pelo CEJAM, traz informações importantes sobre o tema, com orientações de como evitar o aumento do colesterol no dia a dia.
Segundo ela, o colesterol é um tipo de gordura presente na estrutura das membranas celulares, fundamental para o bom funcionamento do organismo e presente em órgãos como coração, intestino, cérebro, pele e fígado.
“Ao contrário do que a maioria das pessoas imagina, o colesterol não é um vilão e tem uma importante relevância para que o nosso corpo funcione corretamente. Para se ter uma ideia, 70% do colesterol produzido pelo nosso corpo é usado para originar alguns hormônios como vitamina D, cortisol, estrógeno e testosterona, entre outros”, explica a nutricionista, reiterando que a gordura ingerida através de alimentos é responsável pelos outros 30%.
“Quando consumimos alimentos muito gordurosos, o fígado acumula mais colesterol do que o nosso organismo necessita, causando alteração do nível normal e passando a ser considerado não saudável”, ressalta Raira.
Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia indicam que, para cada década de colesterol elevado nos indivíduos acima de 35 anos, os riscos de problemas cardiovasculares podem aumentar em até 40%. No caso das mulheres, ele pode sofrer variações de acordo com a taxa hormonal. Por isso, é comum que, em períodos como a menopausa e a gestação, a taxa de colesterol aumente.
Riscos do colesterol à saúde
Antes de entender os riscos do colesterol à saúde, a nutricionista explica que é necessário conhecer os três tipos existentes, para entender como eles agem no organismo.
Conhecido popularmente como colesterol “bom”, o HDL trata-se de uma lipoproteína de alta densidade, cujo valor deve ser superior a 40 mg/dL. “Neste caso, quanto maiores forem os níveis de HDL, menores serão os riscos de desenvolver doenças cardiovasculares.”
O VLDL é uma lipoproteína de muita baixa densidade, produzida no fígado, e que tem como principal função transportar os triglicerídeos pela corrente sanguínea. Seus
valores considerados normais devem estar em torno de 200 mg/dL.
Por fim, o vilão da história, o colesterol LDL, popularmente conhecido como colesterol “ruim”, trata-se de uma lipoproteína de baixa densidade, que não deve ultrapassar 130 mg/dL.
“O nosso corpo fabrica a maior parte de que necessita e, quando os níveis de colesterol estão em desequilíbrio, ele torna-se fator de risco para doenças cardiovasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC) e doença coronariana.”
Raira ainda faz um alerta para os riscos da aterosclerose, que causa obstruções do fluxo sanguíneo, sendo a principal causa para infartos, AVCs e à doença arterial periférica, causada pela formação de placas de gordura e tecido fibroso nas paredes internas das artérias. “A aterosclerose está diretamente relacionada com o desequilíbrio dos níveis de colesterol”, salienta a nutricionista.
Prevenção
Uma forma de manter os níveis de colesterol equilibrados é evitando o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas. Manteiga, azeite de dendê, leite integral, bacon, toucinho, salsichas, presunto, mortadela, carne bovina com gordura, queijos muito amarelos e creme de leite, por mais que sejam tentadores, representam riscos à saúde.
Outro grande inimigo do colesterol é a gordura trans, que tem como principal fonte a gordura vegetal hidrogenada, utilizada na produção de biscoitos, pães industrializados, salgadinhos, pipoca de micro-ondas, margarinas, bolachas recheadas, empanados tipo nuggets e sorvetes cremosos, entre outros produtos industrializados.
Para substituir esses alimentos, a nutricionista recomenda os que possuem gorduras poli-insaturadas e monoinsaturadas, presentes em peixes como salmão, sardinha, atum e anchova, ou alimentos como o abacate, o azeite de oliva e a castanha de caju, que, ainda assim, devem ser consumidos com moderação.
Para auxiliar no controle do colesterol e na prevenção de doenças cardiovasculares, a nutricionista recomenda o consumo de alimentos naturais e minimamente processados, além de frutas com perfis antioxidantes, como maçã, uva, morango, amora e abacate.
“A prática de exercícios físicos regular, aliada à uma dieta equilibrada, também tem importante papel na prevenção e no controle de doenças cardiovasculares, em todas as faixas etárias”, afirma.
A especialista destaca ainda que, mesmo com hábitos de vida saudáveis, alguns podem sofrer com o colesterol alto por conta da hereditariedade, uma falha genética chamada de hipercolesterolemia familiar.
Dia Nacional de Combate ao Colesterol
Segundo a nutricionista, o Dia Nacional de Combate ao Colesterol é uma data de extrema importância para desenvolver ações de Atenção Primária à Saúde (APS) e conscientizar as pessoas sobre as práticas de hábitos simples, como alimentação saudável, atividade física e exames regulares na prevenção de doenças cardiovasculares.
“Meu objetivo como nutricionista de UBS é incentivar os pacientes a assumirem progressivamente o protagonismo de seu cuidado, com mudanças no estilo de vida e melhorias na qualidade da alimentação, por exemplo. Os profissionais de saúde precisam oferecer o máximo de mecanismos que propiciem aos pacientes esse papel de protagonismo”, finaliza.
Fonte: Imprensa, Criação & Marketing
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