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17 de Outubro de 2016

Encontro Unidos pelo fim da tuberculose” premia unidades de saúde

Segundo dados preliminares do Ministério da Saúde (MS), o Brasil registrou 67 mil casos novos de tuberculose diagnosticados em 2015. A doença, que é contagiosa, ataca principalmente os pulmões e, na quase totalidade dos casos tem cura, desde que realizado o tratamento corretamente.

Para valorizar e reconhecer o trabalho realizado pelas unidades de saúde da cidade de São Paulo em relação à assistência aos pacientes com a doença, foi realizado nesta sexta-feira (14 de outubro), no auditório da Universidade Paulista (UNIP) Campus Vergueiro, o 13º Encontro de Tuberculose da cidade de São Paulo, com o tema “Unidos pelo fim da tuberculose”.

Durante o encontro, as autoridades presentes na mesa destacaram a importância de tratar a tuberculose, mas, sobretudo, o papel dos profissionais de saúde que atuam na prevenção e tratamento da doença nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nos consultórios de rua, nos laboratórios e em outros serviços. Os presentes foram unânimes em afirmar que esses profissionais de saúde exercem a plena cidadania ao identificar e reconhecer a vulnerabilidade social do paciente.

Tema prioritário

O secretário municipal da Saúde de São Paulo, Alexandre Padilha, parabenizou os profissionais pelo empenho demonstrado no enfrentamento da tuberculose. “Acho que essa premiação é importante para reconhecer o esforço de cada um, profissionais, parceiros, movimentos sociais, que mantém a tuberculose como tema prioritário. Reconhecer o esforço de cada um em criar, inovar e reinventar o modo do cuidado com esse problema grave. Seja para reforçar adesão ao tratamento ou para aumentar a busca na população que não se alcançava antes”, disse Padilha.

O secretário destacou ainda o importante papel das equipes do Consultório na Rua do município, no controle da tuberculose, com uma população extremamente vulnerável. “É uma iniciativa relativamente nova, mas que já realizou mais de 200 mil atendimentos no ano passado e tem 17 mil pessoas cadastradas. São ações de integração entre a vigilância e a atenção básica que são fundamentais para o êxito do cuidado”, afirmou.

O evento reuniu ainda profissionais da saúde das seis regiões da cidade (Norte, Sul, Leste, Oeste, Sudeste e Centro) e do sistema penitenciário, além de gestores e parceiros. Entre as autoridades presentes estiveram presentes ainda Rejane Calixto Gonçalves, coordenadora da Atenção Básica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS); Wilma Tiemi Miyake Morimoto, coordenadora da Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA); Rosa Maria Dias Nakazaki, gerente do Centro de Controle de Doenças (COVISA); Naomi Kawaoka Komatsu, coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose da Cidade de São Paulo (CCD – COVISA); Vera Maria Neder Galesi, coordenadora da Divisão de Controle da Tuberculose (CVE Professor Dr. Alexandre Vranjac) da Secretaria Estadual da Saúde SP; Denise Arakaki, Coordenadora do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (SVS) do Ministério da Saúde.

Avanços e Desafios

O encontro teve início com a apresentação de Naomi intitulada: “Tuberculose em números na cidade de São Paulo”. Na sequência, Denise Arakaki, Coordenadora do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (SVS) do MS, apresentou a “Estratégia Nacional pelo Fim da Tuberculose – Interface entre os três pilares”. Em sua fala, a profissional afirmou que a meta do país é chegar em 2035 com a incidência de apenas 10 casos diagnosticados para cada grupo de 100 mil pessoas.

“Conhecer essas experiências traz para gente uma postura não só como profissional de saúde diante da complexidade da tuberculose, uma postura mais do que profissional, mas uma postura cidadão. E esse modo de enxergar a tuberculose dos próximos anos deve estar mais apurado, aprimorado. São Paulo tem esse primor é um sistema de saúde que se autocontamina com a qualidade, uma unidade vai contaminando a outra buscando essa perfeição no atendimento. E a gente percebe que sistemas mais maduros se reinventam, então não tenho dúvida que São Paulo vai se reinventar, vai achar o melhor jeito de garantir toda essa técnica que vocês já tem, de manter essa técnica em alta”, afirmou Denise.

Já Vera Maria Neder Galesi, Coordenadora da Divisão de Controle da Tuberculose do Estado abordou o tema “O que nos aguarda pós 2015: Perspectivas de novas drogas e esquemas de tratamento para tuberculose?”. 

Premiação

No momento mais esperado do evento, as unidades ficaram sabendo quais delas seriam premiadas. De acordo com os critérios estabelecidos pelo Programa de Controle da Tuberculose da Cidade de São Paulo, entre eles, alta taxa de cura e menor taxa de abandono de tratamento, as unidades receberam diploma de menção honrosa ou troféu representando as categorias ouro, prata e bronze.

A Coordenadoria Sul ficou em primeiro lugar e conquistou 51 certificados sendo: 20 menções honrosas, 12 ouros, 13 pratas e seis bronzes. Em segundo ficou a Coordenadoria Leste, com 40 certificados: 15 menções honrosas, sete ouros, 11 pratas e sete bronzes. A Coordenadoria Sudeste ficou em terceiro, com 30 certificados: oito menções honrosas, três ouros, oito pratas e 11 bronzes. A Coordenadoria Norte ficou com 12 certificados: cinco menções honrosas, outro ouros, quatro pratas e dois bronzes. A Coordenadoria Oeste levou 14 certificados: quatro menções honrosas, dois ouros, um prata e sete bronzes. A Coordenadoria Centro conquistou oito certificados: duas menções honrosas, três ouros, duas pratas, um bronze.

Além desses, foi realizada a entrega dos prêmios da categoria Supervisão de Vigilância em Saúde (SUVIS). A Coordenadoria Regional de Saúde Sul ficou com os três premiados: M’boi Mirim (ouro), Campo Limpo (prata) e Paralheiros (bronze). “Estou feliz e com muito orgulho das nossas unidades, que assim como no ano passado, fizeram bonito, sendo a Coordenadoria com o maior número de Unidades contempladas e a única Coordenadoria a ter as SUVIS premiadas (ouro, prata e bronze)”, afirmou Tania Zogbi Sahyoun, coordenadora de saúde da região Sul.

Acredite você fez a diferença

Na categoria “Acredite você fez a diferença”, criada para homenagear os profissionais, cada uma das seis Coordenadorias da cidade elegeu seus indicados.

A Coordenadoria Sul (CRS Sul) escolheu, neste ano, homenagear Beatriz Cavezale, Interlocutora do Programa na SUVIS M’ Boi Mirim. A CRS Sudeste escolheu Sandra Tavares, Supervisora Técnica do Ipiranga. A CRS Leste escolheu a equipe UBS Barro Branco (SUVIS Cidade Tiradentes). A CRS Norte apontou a UBS Vila Penteado

(SUVIS Freguesia do Ó). Pela CRS Centro foi Eleonora Lucia Malta, médica sanitarista da UBS Humaitá (SUVIS Sé) e pela CRS Oeste foi Maria de Fátima de Souza enfermeira, CS Escola Geraldo de Paula Souza (SUVIS Lapa Pinheiros). Já Sumie Matai Figueiredo, Técnica do Programa de Controle da Tuberculose da Cidade São Paulo/ COVISA, foi a homenageada pela qualidade do sistema TBWEB na cidade de São Paulo.

“Foi muito emocionante e o Programa de Tuberculose tem significado especial pra mim. Trabalhando como enfermeira em UBS, aprendi que para o tratamento ter sucesso era preciso estabelecer um pacto com o usuário que não se dava por simples orientação de horários e efeitos colaterais. Ainda não se falava em tratamento supervisionado e eu decidi que precisaria acompanhar bem de perto a uma paciente. Ao final tivemos sucesso e aprendi muito a perder a soberba que muitas vezes o profissional de saúde tem. Quando comecei a atuar na gestão, percebi que quem tem sensibilidade pra cuidar de alguém com alta vulnerabilidade faria qualquer coisa. Eu sempre defendi que não podemos desistir de nenhuma vida e a tuberculose nos traz esse enfrentamento. Às vezes é difícil e longo o trabalho mas é motivo de extrema felicidade cada resultado positivo, cada alta por cura”, disse Sandra Tavares.

O projeto “PACTuberculose Pela CURA” recebeu uma homenagem intra/intersetorial pelo trabalho de enfrentamento da tuberculose na população em situação de rua.

Rejane Calixto afirmou que, mais que premiar as iniciativas, o prêmio é o reconhecimento da dedicação de cada um nos seus respectivos locais de trabalho, nas suas unidades, nos laboratórios. “Acho que é uma forma que o programa municipal encontrou de agradecer a vocês todos pelo empenho e dedicação. Tratar e trabalhar com a questão da tuberculose vai para além da questão técnica. Acho que tem de ter disposição enquanto profissional e disposição enquanto ser humano. Foram mostrados dados aqui e na maioria dos casos tratamos pessoas em situação de vulnerabilidade muito importante. Não é todo o profissional que tem essa disposição e a gente respeita isso. Mas a gente tem de reconhecer aqueles que se dispõem em dedicar parte do seu conhecimento, parte do seu tempo e parte do seu sentimento em tratar esses pacientes que nos procuram. Nesses quatro anos tivemos muitos avanços no tratamento desses pacientes, trabalhamos de forma muito articulada com a atenção básica e o programa da tuberculose”, disse a coordenadora.

Fonte: Rosangela Rosendo e Tatiana Ferreira - Comunicação SMS

São Paulo

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