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30 de Setembro de 2024
Foto: Freepik
Com impacto em mais de 85% da população brasileira, o estresse já alcançou patamares preocupantes para toda a sociedade. O problema é tão comum que as pessoas, sobretudo aquelas que vivem nos grandes centros, já consideram “normal” ter sintomas de estresse, compreendendo como algo que é inerente à vida urbana.
Uma pesquisa conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que 40% dos brasileiros relatam altos níveis de estresse diário. E esse índice reflete uma tendência crescente, com 30% da população apresentando sintomas de ansiedade e 20% diagnosticados com transtornos relacionados ao estresse.
Ainda, quando pensamos globalmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já indicou que 1 em cada 5 pessoas sofre de estresse crônico, uma condição que pode levar a problemas graves como depressão e doenças cardiovasculares, bem como favorecer o avanço de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, e demais quadros que reduzem significativamente a qualidade de vida da população.
Para reforçar a necessidade de ações concretas e contínuas em prol da saúde mental dessa grande parcela da população, foi escolhida a data de 23 de setembro para celebrar o Dia Mundial de Combate ao Estresse.
De acordo com Ana Paula Ribeiro, psicóloga do CEJAM, este é um momento importante para conscientizar as pessoas e alertar para os sinais que indicam o surgimento do problema.
“O estresse tem causas variadas, incluindo sobrecarga de trabalho, responsabilidades familiares, preocupações financeiras e questões interpessoais. No contexto atual, o ritmo acelerado da vida moderna e a constante pressão por produtividade causam um profundo impacto na saúde mental e física das pessoas”, destaca.
Impactos do estresse em longo prazo
A especialista explica que o estresse prolongado pode levar a sérios problemas de saúde. Fisicamente, ele pode contribuir para o surgimento de doenças cardiovasculares, problemas digestivos e enfraquecimento do sistema imunológico.
“Mentalmente, o estresse crônico é um fator significativo no desenvolvimento de ansiedade, depressão e esgotamento emocional”, alerta.
Segundo Ana Paula, os sinais de estresse excessivo incluem irritabilidade, fadiga, dificuldade para dormir, alterações de apetite, dores musculares, dores de cabeça e problemas digestivos.
Além disso, conforme pontua a psicóloga, pessoas que sofrem de estresse costumam apresentar uma sensação de sobrecarga, dificuldade de concentração e crises de ansiedade.
A especialista do CEJAM traz algumas orientações simples e práticas que podem ajudar a aliviar o estresse e melhorar o bem-estar diário. Confira!
1. Autoconhecimento e Identificação de Fontes de Estresse
"Entender de onde vem o estresse é o primeiro passo para gerenciá-lo", afirma Ana Paula. Identifique as fontes de estresse e avalie o que pode ser controlado ou modificado. Organizar o tempo e estabelecer prioridades são passos fundamentais.
2. Pratique Técnicas de Relaxamento
Respiração profunda, meditação e mindfulness são eficazes para reduzir a tensão. "Dedicar alguns minutos diariamente a essas práticas pode aliviar o estresse acumulado", sugere. Alongamento e yoga também são recomendados para liberar a tensão corporal.
3. Mantenha uma Alimentação Balanceada e Exercite-se Regularmente
"Uma dieta equilibrada, rica em nutrientes, e a prática regular de exercícios são essenciais para uma boa gestão do estresse", explica a psicóloga. A alimentação adequada e o exercício físico não só melhoram a saúde geral, mas também promovem a liberação de endorfinas, hormônios que ajudam a melhorar o bem-estar emocional.
4. Crie um Ambiente Menos Estressante
Organização e comunicação clara podem reduzir o estresse em ambientes de trabalho e em casa. "Estabeleça uma rotina equilibrada e certifique-se de que todos contribuam para uma divisão justa de responsabilidades", recomenda. Criar espaços para descanso e atividades relaxantes é crucial para um ambiente mais harmonioso.
5. Priorize o Autocuidado e Tempo para Atividades Prazerosas
“Reserve tempo para atividades que lhe tragam prazer e relaxamento", diz Ana Paula. O autocuidado é vital para manter o equilíbrio emocional e reduzir a sensação de sobrecarga. Além dessas práticas, a recomendação da especialista é realizar acompanhamento médico para a realização de exames periódicos, a fim de mapear qualquer risco à saúde física, bem como o acompanhamento psicológico para auxiliar na redução do impacto à saúde mental.
Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento
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