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Saúde

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28 de Julho de 2021

Dia Mundial de Combate à Hepatite: especialista alerta para riscos da doença

O Dia Mundial de Combate à Hepatite é celebrado em 28 de julho e tem como intuito alertar as pessoas acerca deste grave problema de saúde pública, que pode levar à morte. A data faz parte da campanha Julho Amarelo, para conscientizar a população sobre os riscos da doença, uma inflamação do fígado que age de forma silenciosa.

Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais do Ministério da Saúde, publicado em julho do ano passado, indica que mais de 74 mil mortes foram causadas pela doença no Brasil, entre 2000 e 2018. O documento destaca ainda que 76% destes óbitos ocorreram em decorrência da hepatite do tipo C.

O tratamento contra a patologia, no entanto, tem evoluído muito, e as chances de cura já superam 95%, quando a assistência é realizada corretamente.

De acordo com a infectologista Tassiana Rodrigues dos Santos Galvão, que atende nos hospitais Estadual Francisco Morato e Municipal de Cajamar, ambos gerenciados pelo CEJAM, a cor dedicada ao mês foi escolhida por representar um sinal frequentemente associado à doença: a icterícia, como é conhecida a amarelidão da pele.

A especialista ainda detalha as razões pelas quais são conhecidas por letras. “Os vírus receberam a nominação em ordem de descoberta, sendo atribuída uma letra para cada nova hepatite (A, B, C, D e E). As mais comuns no Brasil são as hepatites A, B e C, sendo a D mais frequente na região Norte”, explica.

Conforme a médica, é necessário estar atento, pois as manifestações são muito variáveis, podendo ser assintomáticas ou apresentarem desde quadros de icterícia, mal-estar, fraqueza, náuseas e vômitos até dores abdominais e alterações na coloração da urina e fezes. “Os quadros podem ser graves, com estágios fulminantes, necessidades de transplante, evolução para câncer hepático e até morte”, complementa.

Dra. Tassiana ressalta a relevância dos tipos B e C, considerados silenciosos e de cronificação, ou seja, quando a doença se torna crônica e segue até o final da vida do paciente.

As hepatites podem ser transmitidas por meio de relações sexuais ou exposição direta com o sangue infectado, através de objetos contaminados, como agulhas, seringas, alicates e etc., transfusões sanguíneas ou durante o parto.

“No caso da B, a maioria das pessoas que têm contato com o vírus consegue controlar a infecção e a evolução. Porém, os pacientes que ‘cronificam’ apresentam uma doença silenciosa, que, se não tratada, pode evoluir para cirrose e/ou câncer de fígado”, afirma a médica, reiterando que, nos casos de hepatite do tipo C, as chances de a cronificação acontecer são ainda maiores, tal como o risco de desenvolver cirrose e câncer hepático.

Prevenção

Existem muitas formas de prevenir a hepatite. A infectologista explica que a prevenção pode ser feita de forma simples, com hábitos como consumir apenas água tratada, manter boa higiene e utilizar preservativos durante as relações sexuais.

“No caso de tatuagens e piercings, recomendo procurar estúdios confiáveis, que trabalhem com agulhas descartáveis e jamais compartilhem objetos pessoais. Isso serve também para manicure”, destaca a Dra. Tassiana.

Para as hepatites dos tipos A e B, há vacinas que podem ajudar na prevenção. Por isso, é importante estar com elas em dia.

Tratamento

O tratamento da doença é realizado por meio de antivirais, além de medidas de prevenção, como evitar medicações que possam prejudicar a saúde do fígado. Pacientes que já convivem com a doença, devem realizar um acompanhamento adequado com médicos infectologista, gastroenterologista ou hepatologista.

Para os casos de hepatite C, nos últimos anos, o tratamento sofreu mudanças significativas, contando, atualmente, com drogas de ação direta e esquema terapêutico, dependendo do genótipo e da fase clínica do paciente.

Ambos são oferecidos de forma gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde), assim como os testes capazes de diagnosticar a doença, que podem ser realizados de forma rápida e discreta em qualquer UBS (Unidade Básica de Saúde).

“Caso o diagnóstico seja positivo para a doença, não há razões para pânico. Hoje em dia, os medicamentos são muito bem tolerados, com raros efeitos colaterais, e as chances de cura, na maioria dos casos, são superiores a 95%. Um sucesso também garantido pelo SUS”, finaliza.

Fonte: Imprensa, Criação & Marketing

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