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Saúde

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14 de Novembro de 2022

Diabetes na adolescência x Qualidade de vida: é possível?

Foto: Freepik

O diabetes é uma doença crônica provocada pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue. A glicose é extremamente importante para o organismo, pois é a fonte de energia das células do corpo humano. Quando ocorre a sua elevação no sangue, decorrente da falta ou defeito na ação de insulina, o hormônio que a controla, o corpo passa a sentir de diferentes maneiras e o diagnóstico positivo passa a ser uma realidade.

Atualmente, o Ministério da Saúde estima que o diabetes afeta cerca de 250 milhões de pessoas ao redor do mundo. Só no Brasil são aproximadamente 16,8 milhões de pessoas (20 a 79 anos) com a doença.

“Existem diferentes tipos de diabetes, os mais conhecidos são do tipo 1, que é quando existe a deficiência completa de insulina, e acomete principalmente pessoas mais jovens, como crianças e adolescentes. Já o Diabetes tipo 2, que é o mais comum, afeta principalmente pessoas mais velhas e está associado à obesidade e sedentarismo. Nesse caso, a pessoa sofre com uma resistência insulínica, ou seja, a insulina tem maior dificuldade em controlar o nível de glicose”, explica Luana Ramaldes, endocrinologista da Assistência Médica Ambulatorial - Especialidades (AMA-E) Capão Redondo, gerenciada pelo CEJAM em parceria com Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS-SP).

Sendo um problema de saúde pública, a doença gera preocupações, ainda mais quando se trata da população mais jovem. Conforme o Ministério da Saúde, existem cerca de 1,1 milhão de crianças e adolescentes com menos de 20 anos que apresentam diabetes tipo 1 no país.

“Normalmente, o diabetes tipo 1 surge quando o organismo começa a produzir anticorpos contra a célula que produz a insulina (célula beta). Quando se trata dos jovens, é preciso controle rigoroso. É necessário ter uma boa orientação na questão alimentar, evitar o açúcar, carboidratos simples, doces e refrigerantes, e contar com a aplicação certa da insulina. Além, é claro, de realizar acompanhamento médico regular e todos os exames necessários para o controle da doença”, complementa a médica.

Se não tratado da maneira certa, o quadro pode impulsionar lesões renais, infarto, acidente vascular cerebral e risco de cegueira, além de aumentar a possibilidade de amputações não traumáticas. Normalmente, os exames de sangue, glicemia de jejum, hemoglobina glicada e curva glicêmica colaboram para um diagnóstico preciso.

Mas é possível ter diabetes e qualidade de vida?

De fato, os hábitos diários passam a mudar com a identificação da doença, mas isso não significa o fim. “Há ainda muito preconceito em relação à doença, existe também uma ligação que a pessoa com diabetes come muito doce, o que nem sempre é verdade. A causa da doença não está associada a isso. O paciente, muitas vezes, sente-se amedrontado com o tratamento. Para alguns, parece uma sentença de morte, mas não é. É algo essencial para controlar a doença e diminuir complicações”, afirma a endocrinologista.

A alimentação é o ponto-chave quando se trata dos cuidados necessários e passa por transformações. Quando se é um jovem com a doença e existe a responsabilidade do controle glicêmico, muitas dúvidas podem surgir.

Existe a ideia de que o diabético precisa fazer uma dieta rigorosa, mas, na verdade, o que se espera é um planejamento e organização dos hábitos alimentares. Assim, é possível aproveitar e comer de forma prazerosa, como qualquer pessoa.

“O cuidado para quem tem diabetes está na quantidade do alimento ingerido, principalmente os ricos em carboidratos. Pode-se comer de tudo, desde que de forma moderada, planejada e sempre que possível fazendo escolhas saudáveis”, destaca a nutricionista Marlucy Lindsey Vieira, que atende na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Nakamura, gerenciada pelo CEJAM em conjunto com a SMS-SP.

Receitas de doces como pudim, mousses, suspiro, muffins e picolé de baunilha, por exemplo, são receitas de boa aceitação entre diabéticos, mas com a inclusão do adoçante culinário no lugar do açúcar. Outra opção para adoçar receitas com boa aceitação é a fruta. Assim, é possível apreciar um ótimo bolo de caneca, adoçado com banana, ou um doce de abóbora, adoçado com coco ralado sem açúcar.

Além da alimentação, é recomendado a prática de exercícios físicos, a não ingestão de bebidas alcoólicas, não fumar e manter o acompanhamento com uma equipe de saúde multidisciplinar, contribuindo para uma vida longa e com qualidade de vida.

Ações de conscientização

Para conscientizar a população a respeito do diabetes, durante o mês de novembro, o CEJAM contará com palestras, rodas de conversas e discussões nas unidades de saúde que gerencia.

Na ocasião, serão ofertados gratuitamente testes glicêmicos, avaliação do pé diabético, pressão arterial, oferta de exames de rastreamento e aferição dos SSVV e glicemia de jejum.

Confira abaixo as datas e as unidades que desenvolverão ações em São Paulo, nas regiões do Jardim Ângela e Capão Redondo:

● 04/11 a 18/11 - UBS Jardim Eledy
● 10/11 - UBS Jardim Macedônia
● 10/11 - UBS Jardim Nakamura
● 11/11 - UBS Jardim Santa Margarida
● 11/11 UBS Jardim Paranapanema
● 14/11 Hospital Dia M' Boi Mirim II
● 14/11 UPA Vera Cruz
● 14/11 - UBS Jardim Germânia
● 14/11 - UBS Jardim Aracati
● 14/11 - UBS Jardim Caiçara
● 14 A 18/11 - AMA/UBS Integrada Parque Novo Santo Amaro
● 16/11 - UBS Jardim Lídia
● 16/11 - UBS Alto Da Riviera
● 16/11 - UBS Parque Do Engenho
● 16/11 - UBS Jardim Herculano
● 16 a 18 /11 – AMA/UBS Parque Fernanda
● 17/11 - UPA Jardim Ângela
● 17 e 24/11 - UBS Vera Cruz
● 22/11 - UBS Jardim Valquíria
● 22/11 - CAPS Adulto II Jardim Lídia
● 23/11 - UBS Parque Do Lago

Fonte: Imprensa, Criação & Marketing

Saúde Acompanhamento Diabético

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