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16 de Dezembro de 2024
O início da vida fora do útero representa uma série de desafios para os recém-nascidos, especialmente para aqueles que chegam ao mundo de forma prematura. Cada gesto, cada movimento de sucção ou respiração precisam ser cuidadosamente monitorados e estimulados.
No Hospital Maternidade Paulino Werneck, gerenciado pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde do Rio de Janeiro, a fonoaudiologia desempenha um papel essencial nesse processo, oferecendo suporte desde a triagem neonatal até o acompanhamento do aleitamento materno, com foco no desenvolvimento global dos bebês.
A fonoaudióloga do setor Jacqueline Spena explica como a atuação integrada da equipe de fonoaudiologia contribui para a saúde e o desenvolvimento dos bebês, reforçando a importância da amamentação como alimentação exclusiva e a reabilitação de funções essenciais para a vida.
A especialista destaca que nos primeiros dias de vida do bebê, o fonoaudiólogo realiza uma avaliação criteriosa das suas funções orais, investigando aspectos relacionados à sucção, deglutição e respiração. Segundo ela, a identificação precoce de possíveis dificuldades é crucial, pois essas funções não apenas garantem a nutrição adequada do bebê, mas também estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento motor e cognitivo.
Jacqueline frisa que a triagem neonatal é o primeiro passo no atendimento fonoaudiológico. O teste da orelhinha e o teste da linguinha são fundamentais para identificar alterações auditivas e disfunções orais, como a anquiloglossia (conhecida como língua presa). “Detectar essas condições o quanto antes permite uma intervenção rápida e eficaz, evitando complicações futuras”, ressalta.
Desafios na UTI Neonatal e reabilitação
Os bebês prematuros, que frequentemente necessitam de cuidados intensivos, enfrentam desafios adicionais no desenvolvimento das funções orais. A ausência do reflexo de sucção ou a falta de coordenação entre sucção, deglutição e respiração são barreiras comuns ao aleitamento. Por essa razão, a equipe de fonoaudiologia do Paulino Werneck utiliza técnicas específicas de estimulação oral para ajudar esses bebês a desenvolverem as habilidades.
“Nosso trabalho é reabilitar essas funções para que o bebê consiga mamar diretamente no peito. O leite materno é fundamental, não só pelo seu valor nutricional, mas também pelo ato de sucção, que promove o desenvolvimento adequado da musculatura orofacial, que engloba deglutição, respiração, sucção e fonação”, explica.
Jacqueline salienta, ainda, que o uso de sondas e mamadeiras pode comprometer esse processo. Por isso, sempre que possível, a equipe orienta e apoia o uso de métodos alternativos que preservem a dinâmica natural da amamentação.
Suporte à amamentação e acompanhamento familiar
Além do cuidado direto com o bebê, o suporte à mãe é uma prioridade. Assim, a fonoaudiologia trabalha em parceria com a equipe de enfermagem e pediatria para oferecer orientações e técnicas que facilitem o aleitamento, especialmente em casos de dificuldades iniciais.
“A mãe precisa se sentir segura e amparada. Explicamos cada passo do processo e mostramos como ela pode ajudar seu bebê a se alimentar melhor”, reforça a especialista.
O hospital também promove grupos de apoio e consultas de retorno para mães que enfrentam desafios na amamentação após a alta hospitalar.
Jacqueline conta a história de um bebê que nasceu prematuro e teve dificuldades para mamar nas primeiras semanas. Com o acompanhamento contínuo da equipe de fonoaudiologia, a criança hoje se alimenta exclusivamente do leite materno e apresenta um desenvolvimento saudável.
“Casos como esse são uma prova de que, com o suporte adequado, é possível superar as dificuldades iniciais e alcançar resultados positivos”, comemora.
Benefícios em longo prazo do aleitamento materno
Os benefícios do aleitamento materno vão além da nutrição. Para a fonoaudióloga, o ato de mamar é um exercício que estimula o crescimento e o alinhamento adequado dos ossos da face, além de fortalecer a musculatura oral e a articulação temporomandibular (ATM). Isso contribui para uma respiração adequada e previne problemas como a respiração oral, que pode levar a alterações craniofaciais e dificuldades na fala.
A especialista ressalta que a sucção no peito é fundamental para o desenvolvimento neurológico e sensorial. “O bebê que mama no peito aprende a coordenar movimentos complexos, o que é essencial para o desenvolvimento motor global. Além disso, o contato pele a pele e o vínculo emocional estabelecido durante a amamentação têm efeitos positivos na saúde mental da mãe e do bebê.”
Fonoaudiologia e desenvolvimento infantil
Jacqueline ressalta que o acompanhamento fonoaudiológico no Hospital Maternidade Paulino Werneck não se limita ao período neonatal. Bebês com dificuldades persistentes são acompanhados ao longo do primeiro mês de vida para garantir que as funções orais se desenvolvam de forma adequada. A equipe monitora o ganho de peso, avalia a qualidade da sucção e oferece suporte contínuo às mães.
“Nosso compromisso é com o desenvolvimento pleno das crianças. Sabemos que o aleitamento materno é uma base sólida para isso, e trabalhamos para que cada bebê tenha a melhor chance possível”, finaliza.
Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento
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