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19 de Novembro de 2021
Foto: Freepik
Os negros representam mais de 56% da população brasileira, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Por isso, no Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é essencial destacar a importância dos cuidados com a saúde deste público.
Diabetes, hipertensão arterial, câncer de próstata e anemia falciforme estão entre os problemas com maior prevalência na população negra, que contempla os pretos e pardos.
De acordo com o Dr. Maurício Kucharsky, gerente da Unidade Básica de Saúde Jardim Comercial, gerenciada pelo CEJAM, estas doenças são multifatoriais e apresentam condições hereditárias e genéticas como fatores importantes para o seu desenvolvimento.
“Não apenas o índice das patologias, mas também sua gravidade é aumentada para este público”, explica o especialista.
Saiba mais sobre as principais patologias que afetam este público:
Diabetes
Considerado um dos maiores vilões da saúde nos tempos atuais, o diabetes – principalmente do tipo II – está entre as principais doenças com prevalência em pessoas negras, por conta da hereditariedade – em homens, é 9% mais frequente; e, em mulheres, cerca de 50%, segundo o Ministério da Saúde.
“O fator hereditário é um ponto no qual não podemos atuar. Por isso, é essencial orientar toda a população negra sobre a importância de manter hábitos saudáveis de vida, comoa prática de atividades físicas e uma alimentação balanceada.”
Anemia falciforme
Caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice, a doença também tem a hereditariedade como principal justificativa para sua maior incidência em negros.
Segundo o especialista, a única forma de cura para a anemia falciforme é por meio do transplante de medula óssea. Apesar de não evitável, seu diagnóstico precoce possibilita tratamentos que melhoram a qualidade de vida do paciente portador desta doença.
Câncer de próstata
Apesar de não existir nenhum estudo que justifique uma alteração genética, o câncer de próstata é mais comum na população masculina negra, tornando o seu rastreamento e diagnóstico precoce ainda mais importante para este público, conforme o médico.
Diferentemente da recomendação geral, que indica a realização do exame da próstataa partir dos 50 anos, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda o teste a partir dos 45 anos para homens negros, obesos mórbidos e com parentes de primeiro grau que já tenham desenvolvido a doença.
Hipertensão arterial
Apesar de atingir os mais variados tipos de pessoas, a hipertensão arterial se manifesta com maior incidência em algumas etnias, como nos negros. Além da antecedência genética, sua maior prevalência nesta população pode ser justificada por fatores socioeconômicos, segundo o Dr. Kucharsky.
Para evitá-la, o médico indica o baixo consumo do sal, a medição frequente da pressão arterial e a prática regular de atividades físicas, assim como a manutenção de hábitos saudáveis.
Glaucoma
A doença ocular é causada, principalmente, pela elevação da pressão intraocular, que provoca lesões no nervo ótico e, como consequência, o comprometimento visual. Quando não tratado adequadamente, pode levar à cegueira.
Segundo o especialista, além de a ocorrência da patologia ser maior na população negra, ela é a principal causa de cegueira neste público.
“Mas é possível evitá-la e tratá-la por meio de políticas públicas voltadas à atenção primária da avaliação oftalmológica”, ressalta.
Miomas
A incidência de miomas em mulheres negras é maior. E, apesar de considerado benigno, estudos mostram um número maior de intervenções cirúrgicas neste grupo.
“Não podemos evitar o aparecimento dos miomas, mas, assim como as demais doenças hereditárias, é importante que lembremos da incidência aumentada nesta população, frente aos sintomas relatados durante a busca por atendimento de saúde.”
O profissional finaliza destacando que todas estas patologias possuem tratamentos e controles. “Por isso, é necessário consultar um médico frequentemente para a realização dos exames preventivos de rotina e o diagnóstico o mais precoce possível.”
Fonte: Imprensa, Criação & Marketing
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