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10 de Novembro de 2017

Baixa umidade desencadeia complicações respiratórias

Faltam três dias para o início da Primavera e as altas temperaturas têm marcado o mês de setembro, que esteve em estado de alerta por conta da baixa umidade relativa do ar. O Grande ABC completa 30 dias sem chuva e o clima seco ajuda a desencadear uma série de problemas de saúde, chegando a aumentar entre 30% e 40% os atendimentos nos hospitais.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera ideal a umidade relativa do ar acima de 60%. No período entre agosto e setembro este número se manteve baixo o suficiente para colaborar com a aparição de complicações respiratórias, com registros mínimos de até 20% nas últimas semanas, inclusive na região.

Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo, detalha que o calor na região está associado à forte massa de ar quente que predomina há dias sobre o Sudeste e funciona como um bloqueio atmosférico impedindo a chegada de frentes frias. “Pelo menos até o início da Primavera, não há expectativa de chuva para o Grande ABC. A massa de ar seco ainda irá predominar”, comenta.

Luiz Farias, médico do programa Saúde da Família do Cejam (Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim), alerta para os sintomas mais comuns. “No aparelho respiratório podem ocorrer infecções, sensação de secura e ressecamento da mucosa nasal, dor na garganta, sangramento e obstrução nasal, espirros, dificuldade para respirar, tosse e crises de asma”, explica.

Doenças respiratórias como rinite, sinusite, asma, bronquite, gripe, faringite e o resfriado são comuns à população neste tempo seco, fazendo com que a procura por atendimento em unidades de emergência e UBSs (Unidades Básicas de Saúde) seja maior. “Vários estudos estimam o aumento dos atendimentos em virtude de doenças respiratórias quando a umidade relativa do ar está muito baixa”, comenta Farias.

Alguns cuidados devem ser adotados para que a população consiga amenizar complicações que podem surgir com a baixa umidade. “Evitar realizar exercício físico intenso, ingerir bastante líquido, umidificar o ambiente com recipientes de água e deixar toalhas úmidas no quarto”, orienta o médico. Por serem mais suscetíveis aos efeitos da baixa umidade, crianças e idosos exigem cuidado redobrado.

A publicitária Gabriela Prilip, 23 anos, sente os efeitos do tempo seco. “Me sinto mal e com falta de ar, costumo ter dor de garganta e tosse seca. Para tentar melhorar eu costumo beber mais água e manter o ambiente úmido”, contou.

Fonte: Portal Diário do Grande ABC

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