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26 de Novembro de 2024
Em meio ao crescente número de casos de diabetes tipo 2 no Brasil, que afeta cerca de 20 milhões de adultos brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde, novas abordagens terapêuticas trazem esperança para pacientes e profissionais de saúde.
Para marcar o Dia Mundial do Combate ao Diabetes, celebrado no mês de novembro, o endocrinologista Dr. Diego Fonseca, que atua no Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, gerenciado pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde do Rio de Janeiro, apresenta seu ponto de vista sobre os resultados iniciais de um estudo divulgado no último Congresso de Gastroenterologia da Europa Unida.
A pesquisa foi feita a partir da combinação da Semaglutida, mais conhecida no Brasil pelo nome comercial Ozempic, que é um medicamento já conhecido para o tratamento da diabetes tipo 2, com a técnica experimental de Re-Celularização via Terapia de Eletroporação (ReCET).
A técnica e seu potencial
O procedimento ReCET, ainda em fase experimental, utiliza eletroporação para promover a queima da mucosa duodenal, um procedimento que visa aumentar a sensibilidade do corpo à insulina endógena, ou seja, a insulina que o próprio organismo produz.
O médico explica que a eletroporação cria pequenos poros na membrana celular, levando à apoptose (morte celular natural) de células específicas. “Essa renovação da mucosa intestinal pode potencializar a resposta do organismo à insulina, permitindo, em alguns casos, que pacientes se desvinculem temporariamente da necessidade de insulina exógena – aquela aplicada pelo paciente por meio de injeções.”
Conforme o especialista, a Semaglutida tem mostrado eficácia no tratamento do diabetes tipo 2, sendo que, mais recentemente, foi também aprovada para o controle de peso de pessoas com obesidade.
Porém, seu uso inadequado e sem supervisão médica pode gerar riscos significativos, incluindo o desenvolvimento de pancreatite e náuseas intensas. “A Semaglutida pode ser uma ferramenta útil, mas apenas quando usada sob orientação médica e em conformidade com as exigências formais”, enfatiza o médico.
Dr. Fonseca alerta que, embora o estudo tenha apresentado dados animadores, a amostra é pequena, com apenas 14 pacientes, sendo ainda necessário que se façam pesquisas mais amplas e aprofundadas para uma melhor compreensão das respostas a esse novo tratamento.
“O uso da Semaglutida, que é um medicamento seguro e eficaz para o controle glicêmico, foi combinado a uma técnica experimental de eletroporação que exige uma análise cuidadosa”, observa. “É importante que as inovações sejam interpretadas com cautela e que o procedimento ainda seja considerado experimental até que haja evidências mais robustas”, reitera.
O futuro do combate ao diabetes
Para o Dr. Fonseca, um dos maiores desafios no tratamento do diabetes tipo 2 ainda é a adesão do paciente. “Mudanças de estilo de vida, múltiplas aplicações de insulina e a disciplina necessária ao longo dos anos são fatores que afetam diretamente no sucesso do tratamento”, salienta.
Nesse sentido, o próximo passo da ciência, de acordo com o endocrinologista, envolve o aprimoramento do controle de hormônios e a exploração de técnicas como terapias com células-tronco, que podem aumentar a quantidade de células produzidas de insulina.
“Essas inovações, somadas ao controle de hábitos de vida, são essenciais para enfrentar uma doença que cada vez mais atinge pessoas jovens”, conclui.
Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento
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