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29 de Setembro de 2015

Estado encaminha 140 pessoas com deficiência ao mercado de trabalho

Uma ação de inclusão social do Governo do Estado, em parceria com o Ministério do Trabalho, possibilitou que 140 vagas de emprego fossem ofertadas a pessoas com deficiência. Através do Dia D, data de paralisação nacional em consonância com a Semana de Acessibilidade, os beneficiários receberam orientações para saber como pleitear uma oportunidade no mercado e ainda tiveram a chance de fazer a solicitação da Carteira de Trabalho.

Através do Núcleo de Apoio ao Trabalho (NAT) e da Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh) as pessoas com deficiência tiveram acesso a um evento na última sexta-feira, 25, no qual receberam orientações, ouviram palestras e receberam encaminhamento para participar de seleção em alguma das 20 empresas cadastradas.

De acordo com a diretora do NAT, Sandra Magna Carvalho, o objetivo do Dia D é intermediar e inserir a pessoa com deficiência no mercado. (E o Governo de Sergipe não poderia ficar de fora. Ele abraçou a ideia e nos deu todo o apoio para que pudéssemos ter como angariar essas vagas de emprego. Apesar da crise econômica que o país está passando esse ano, conseguimos esse número expressivo de 140 vagas, que é realmente satisfatório e expressivo para o Estado. São 20 empresas que, inclusive, estão aqui reforçando e dialogando com esse público alvo), comentou.

Sandra explica que o NAT possui um sistema que identifica a necessidade de cada empresa e, automaticamente, encaminha a pessoa com deficiência ideal para a vaga de trabalho. (Tirando a iniciativa do Dia D, para ter acesso a um emprego, o núcleo tem um trabalho contínuo. Através do Governo do Estado, tentamos captar vagas, intermediamos ações como, por exemplo, a emissão da Carteira de Trabalho. O esforço não se esgota). Em Aracaju, o NAT funciona na rua Santa Luzia, 726, bairro São José, de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h.

Uma das beneficiadas com a ação da administração estadual foi Jenifer Leceder. Com deficiência auditiva e na fala, ela vislumbrou na ação da inclusão social a oportunidade de conseguir um emprego. Ela já trabalhou nos Correios e busca uma vaga na qual possa desenvolver atividades de cunho administrativo.

(Essa é uma iniciativa importante, pois posso aprender muitas coisas. Sergipe está proporcionando muitas iniciativas para nos prestigiar. Acredito que todos, inclusive as pessoas com deficiência, têm capacidade e oportunidade entrar no mercado de trabalho), declarou Jenifer.
Outra pessoa com deficiência que recebeu a colaboração do Governo do Estado é Jossivaldo Silva de Jesus, que representou a Secretaria de Educação (Seed) no evento. Ele trabalha na equipe técnica da Divisão de Educação Especial (Dieesp) e acompanha o trabalho de professores em formação continuada e, ainda, o desenvolvimento das mais de 126 salas de recursos multifuncionais, destinadas a alunos com deficiência.

(Acho importante essa iniciativa do Estado, pois vamos sensibilizar o empresariado e mostrar a capacidade das pessoas com deficiência. Se não der oportunidade, como saber que a pessoa é capaz. Há uma demanda muito vasta para a oferta), disse Jossivaldo.

Para o funcionário da Seed, o Estado ofereceu mais oportunidades às pessoas com deficiência nos últimos oito anos. (Na área de educação, para mim que sou cego, essa parte de recursos multifuncionais é muito boa. A tecnologia de assistência é de fundamental importância. Sem ela eu não trabalho. Hoje eu mando e recebo e-mail, realizo pesquisa na área de educação, uso a internet e faço tudo o que todos podem fazer. Tenho acesso a toda a parte de tecnologia. O Estado me proporcionou esses meios para que eu fosse inserido nessa parte de assistência. Não posso reclamar).

Empregabilidade

Dentre as empresas participantes do Dia D está a Viação Atalaia. Com uma média de 20 pessoas com deficiência já empregadas, o estabelecimento está oferecendo mais 30 vagas, sendo 20 para cobrador de ônibus e 10 para atuação em serviços gerais. (Tem gente que tem preconceito, mas abrimos essa parceria para incluir essas pessoas no mercado de trabalho. Elas têm total capacidade de desenvolver totalmente as funções), afirmou a coordenadora de RH, Mohara Pinheiro.

Outra empresa parceira é a Universidade Tiradentes (Unit). De acordo com a coordenadora de estágio e emprego, Janaína Machado, novas vagas para pessoas com deficiência estão surgindo no setor administrativo. (Infelizmente ainda existe muito preconceito, tanto do mercado de trabalho, que acha que a mão de obra não está preparada, como a própria pessoa com deficiência, que não se sente capaz por uma questão de baixa autoestima. Então essa ação de inserção é interessante justamente para quebrar essa visão. E o Estado tem feito ações voltadas exatamente nessas questões), pontuou.

A fundadora e gerente geral da instituição Raio de Sol, Carolina Carvalho, vislumbra esse crescimento das vagas de trabalho para pessoas com deficiência. Ela vê a ação do Estado como oportunidade de dar visibilidade e demonstrar a capacidade desses indivíduos. (Esta iniciativa do governo é importantíssima. As Organizações Não Governamentais (ONGs) têm que apreciar o poder do Estado, que já valoriza nossas ações e reconhece bem toda a circunstância da pessoa com deficiência), relatou.

Conquista de emprego X pagamento de benefício

Dentro do contexto de incentivo ao emprego de pessoas com deficiência, a diretora do NAT declara que uma das principais barreiras é o medo que eles têm de perder o Benefício de Prestação Continuada (BPC), garantido por lei através da Lei Orgânica da Assistência (LOA).

Sandra explica que, com a garantia de um emprego formal, o BPC é suspenso, porém, em contrapartida, as pessoas com deficiência têm acesso a vários benefícios, como pagamento de férias, 13º salário e Fundo de Garantia. (Elas não têm o benefício cancelado. À medida que são inseridas no mercado de trabalho, ganham todos os direitos trabalhistas e se, por ventura, forem desligadas da empresa, têm o BPC automaticamente pago novamente. Além de provar que, independente de qualquer coisa, elas são capazes, as pessoas com deficiência ganham autonomia e aumentam sua autoestima).

O coordenador do núcleo de trabalho e emprego da Seidh, Jorge Araújo Filho, explica que as próprias famílias das pessoas com deficiência às vezes tentam impedir seu ingresso do mercado de trabalho. (Para mim, desenvolver uma profissão é trazer dignidade. Acho que distribuímos informações completas sobre o assunto. O ingresso no mercado de trabalho é importante para desenvolver a própria pessoa, que vai aprender muito. As pessoas com deficiência têm muito a contribuir), resumiu.

 

Fonte: Aqui Acontece

Deficiente Saúdavel Notícias

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