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17 de Novembro de 2020
Celebrado no dia 16 de novembro, o Dia do Não Fumar alerta para a importância do combate ao tabagismo, responsável por cerca de 200 mil mortes por ano no Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Além do câncer no pulmão e na boca, deterioramento dentário e problemas respiratórios, o uso de cigarro pode causar úlceras, osteoporose, pressão alta, aneurismas cerebrais e trombose, por exemplo. Para evitar o desenvolvimento destas e outras doenças associadas ao consumo do tabaco, Unidades Básicas de Saúde possuem grupos de tabagismo que auxiliam a população no processo de abandono do vício pelo fumo, a partir de dinâmicas em grupo e uso de medicamentos.
De acordo com Ismael de Oliveira, Farmacêutico responsável pelo Programa de Cessação ao Tabaco da Unidade Básica de Saúde (UBS) Vera Cruz, gerenciada pelo CEJAM, atividades físicas e mudanças na rotina ajudam os fumantes. “É importante adquirir novos hábitos que substituam os que são associados ao cigarro. Se uma pessoa fuma enquanto dirige, seria adequado não levar o cigarro para o carro. Aos que fumam após tomar um café, substitua-o por um suco”, recomenda o profissional.
Embora algumas pessoas recorram ao cigarro light ou eletrônico e vaper para reduzir o nível de dependência, o especialista pondera que este tipo de saída não é o mais apropriado. “O cigarro eletrônico também contém nicotina e é tão nocivo para a saúde quanto o cigarro normal. O que os distingue é apenas a ausência de alcatrão e monóxido de carbono no cigarro eletrônico. Eles não saciam a vontade de fumar e não são eficazes”, pondera.
Para o farmacêutico, o melhor caminho é a conscientização sobre o impacto negativo que este hábito causa para a saúde e para as finanças das pessoas, além do estabelecimento de metas para parar de fumar, uso de remédios de apoio conforme o nível de dependência e apoio psicológico.
Entre fevereiro de 2019 e outubro de 2020, 57 pessoas participaram do programa de tabagismo na UBS Vera Cruz, em São Paulo. Destes, 31% pararam de fumar. Por conta da pandemia, em agosto a unidade iniciou o Grupo Virtual de Tabagismo, que oferece encontros online com profissionais da unidade para pessoas que desejam abandonar o vício em cigarro. Nas sessões são apresentados conteúdos e atividades de incentivo, como a determinação de uma data para o participante parar de fumar. “O fator econômico também influencia no abandono do vício. Colocar em um papel uma média anual de gastos com o cigarro é uma das atividades do programa que mais choca os participantes”, conta Oliveira.
Durante a sessão inicial é realizado o teste que avalia o nível de dependência do participante e se será necessário o uso de medicamentos. Em seguida, os encontros promovem interações para que as pessoas entendam o motivo do vício e os efeitos causados na saúde psicológica e física, além de observar o desempenho dos participantes e monitorar o uso dos medicamentos. Aos pacientes que têm recaídas após a finalização de todas as sessões é possível frequentar encontros de manutenção mensalmente.
Fonte: Imprensa, Criação & Marketing
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