O Dia do Nutricionista, celebrado no dia 31 de agosto, foi comemorado com um evento inédito no Hospital Municipal Evandro Freire: a I Jornada de Nutrição, que abordou o tema “Nutrição no âmbito hospitalar: do paciente ao colaborador”.

A programação foi idealizada pela supervisora de nutrição do hospital, Roberta Silveira, que fez questão de convidar especialistas que desenvolvem trabalhos diferenciados na área da nutrição. As palestras foram realizadas no auditório e estiveram presentes cerca de 70 pessoas, entre nutricionistas, estudantes e profissionais de saúde.

Mestre em nutrição clínica pela Universidade de Surrey, na Inglaterra, Sonja Salles, que hoje comanda a Escola de Nutrição e Gastronomia Nutrinew, ressaltou a importância da gastronomia hospitalar na prática clínica. “Ela prima em aplicar conceitos gastronômicos frente às dietas hospitalares. Os pacientes alérgicos ou com necessidades específicas, por exemplo, podem consumir seus pratos prediletos através de releituras saudáveis de receitas tradicionais ou novas. Hoje há uma série de novos ingredientes como a biomassa de banana verde, o cardamomo, a azedinha, que podem entrar no preparo de comidas ou bebidas e torná-las saborosas e nutritivas. Basta ter criatividade e conhecimento”, afirmou a nutricionista.

Dando sequência ao tema, a especialista em nutrição clínica e Mestre em saúde materno infantil pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Sabrina Alves Faria, falou sobre os alimentos funcionais na prática clínica. “Entende-se que são aqueles que apresentam compostos bioativos, que exercem efeitos benéficos ao organismo. Previnem doenças crônicas não transmissíveis e combatem os radicais livres”, explicou.

Já a mestre e doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UERJ), Mariana Catta Preta, apresentou indicadores de qualidade na nutrição clínica hospitalar, como deve ser feita a sua utilização e os fatores a serem levados em conta. “É importante fazer uma avaliação das refeições de acordo com as características qualitativas da dieta, verificar o grau de aceitação do paciente e se fatores ambientais afetam esse processo. Já foi provado que a temperatura é o que mais influencia a favor ou contra a rejeição da dieta”, ressaltou Mariana, que também é Coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário Celso Lisboa (RJ).

Os transtornos alimentares e as possíveis causas também despertaram interesse do público durante o evento. O assunto foi abordado pelo psicólogo do Hospital Municipal Evandro Freire, Auri Mendes Júnior. “Os diagnósticos mais comuns são a anorexia nervosa e a bulimia nervosa, que induzem a um péssimo comportamento alimentar. Além de tratar esses transtornos, é importante verificar se eles surgiram de uma depressão, por alguma ansiedade ou cobrança pessoal em querer ter um corpo magro, mesmo sem saúde”, alertou Júnior.

Os participantes também aproveitaram a ocasião para fazer networking e aprimorar seus conhecimentos.  “Gostei muito das palestras e das informações que recebi nesta jornada. Eventos como esse nos atualizam e abrem novas frentes para nossa atuação profissional”, disse a nutricionista Jéssica Leslie.

Fonte: Viviane Rosalem - Assessoria de Imprensa CEJAM