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01 de Fevereiro de 2024
Falta de documentação, preconceito e distanciamento geográfico são algumas questões que dificultam o acesso à saúde por parte de pessoas em situação de rua. Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), registrou mais de 227 mil pessoas morando nas ruas das cidades brasileiras em 2023.
Considerando esse cenário, o Consultório na Rua, implantado pelo CEJAM - em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo - na região do Capão Redondo, na zona sul de São Paulo, atua com o intuito de promover articulação com serviços sociais e assistência multiprofissional às pessoas em vulnerabilidade, aproximando os serviços de saúde dessa população.
A iniciativa oferece consultas, cuidados básicos, encaminhamentos para tratamentos especializados, orientações sobre prevenção de doenças e administração de vacinas, bem como parcerias com outras organizações para oferecer um cuidado abrangente e integrado.
Para isso, a equipe multiprofissional é composta por: um médico, duas enfermeiras, um assistente social, uma psicóloga, quatro auxiliares de enfermagem, quatro agentes sociais, seis Agentes Comunitários de Saúde, além do suporte de um gerente.
“Além do atendimento médico, o Consultório na Rua busca estabelecer vínculos de confiança, promovendo a inclusão social e auxiliando em questões mais amplas, como acesso à alimentação, moradia e serviços sociais”, completa o gerente Hugo Mendes.
A abordagem, focada na humanização, inclui a busca ativa por parte da equipe, que também conta com a colaboração e indicações da comunidade e instituições sociais para que o serviço chegue àqueles que precisam.
Desde o início das atividades, em dezembro de 2023, mais de 255 atendimentos já foram realizados, proporcionando melhorias na qualidade de vida e fortalecendo a Atenção Primária por meio da prevenção e de ações para redução de danos no território.
Posteriormente, o programa será ampliado para os distritos de Campo Limpo e Vila Andrade, abrangendo toda a Supervisão de Campo Limpo, com cerca de 700 mil habitantes, sendo mais de 325 em situação de rua.
Atenção à saúde mental
O atendimento psicológico é um dos diferenciais da estratégia, considerando o perfil desse público. Segundo levantamento do Ipea, “problemas de saúde”, especialmente relacionados ao bem-estar mental, foi apontado por 32,5% dos cadastrados como sendo o principal motivo para morar na rua.
Além disso, de acordo com Raquel Paula de Oliveira, gerente técnica regional de saúde mental do CEJAM, a população em situação de rua apresenta um risco elevado para o desenvolvimento de transtornos mentais, abuso de álcool e uso de substâncias psicoativas.
Nesse sentido, a escuta qualificada e a empatia são fundamentais para a realização de uma abordagem eficiente e acolhedora, possibilitando o fortalecimento de vínculos e a reinserção desses indivíduos em círculos sociais e familiares.
“Entender o contexto que levou cada pessoa a encontrar-se em situação de rua, o meio em que ela vive e como as relações com o entorno estão construídas é muito importante para centrar o cuidado na pessoa, família e comunidade, e colaborar para que a adesão seja mais efetiva e que o autocuidado e a autonomia sejam estimulados”, conclui Raquel.
Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento
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