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17 de Novembro de 2015

Por que o Brasil é tão bom no esporte paralímpico?

O resultado histórico nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto reafirmou uma tendência dos últimos anos: o Brasil se tornou uma potência paralímpica. Mas se no esporte olímpico o país ainda sofre para se colocar entre os melhores do mundo, por que o paradesporto nacional tem alcançado resultados tão mais expressivos? Os motivos são variados e vão desde o investimento do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) até a própria exclusão sofrida pelos deficientes no mercado de trabalho, que lhe deixam o esporte como única alternativa de carreira. Investimentos A entidade que gere o esporte paralímpico nacional é o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que é o principal responsável por repartir e fazer os investimentos necessários nas modalidades. Segundo dados disponíveis no site da própria entidade, em 2013 a receita do úrgão foi de R$ 100 milhões, entre recursos oriundos da Lei Agnelo/Piva, convênios com o Ministério do Esporte, parcerias com o governo de São Paulo e com a prefeitura do Rio de Janeiro, além de patrocínio da Caixa a 13 modalidades. Leia mais: Com 15 ouros, tênis de mesa faz melhor campanha da história no Parapan Além disso, boa parte dos paratletas que compete representando o Brasil é agraciada com recursos do Bolsa-Atleta. Dos brasileiros que subiram ao pódio no Parapan de Toronto, 181 recebem o benefício, sendo que 69 deles são da categoria pódio """" - que entrega valores de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais a atletas com chances de medalha nas Olimpíadas e Paralimpíadas. Outro investimento pesado feito em prol do paradesporto é a construção do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, que vai concentrar a preparação de 15 modalidades. Ao custo de R$ 260 milhões, as obras começaram em 2013 e devem ficar prontas no início do ano que vem. Centro de Treinamento Paralímpico, na zona sul de São Paulo, será inaugurado no início de 2016. Grande número de pessoas com deficiência Segundo o Censo 2010 realizado pelo IBGE, 23,9% da população brasileira possui algum grau de deficiência, o que compreende um universo de 45 milhões de pessoas. Só este número é maior que toda a população da Argentina (41 milhões de habitantes), Canadá (35 milhões), e quase o triplo de Chile (17 milhões) e Holanda (16 milhões). Considerando apenas graus mais severos de deficiência, o índice é de 8,3%, aproximadamente 15 milhões de pessoas. Com uma população tão ampla, se torna mais fácil encontrar e recrutar potenciais paratletas de ponta no país. Da quantidade se extrai a qualidade. Preconceito no mercado de trabalho Segundo a Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (Rais), em 2013 havia 357,8 mil pessoas com deficiência com vínculo empregatício no país, o que representava apenas 0,73% do total. Uma disparidade enorme em relação aos números apresentados no tópico acima. Veja também: Após superar câncer, Rosinha Santos renasce com bronze Já uma pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Isocial e Catho, também de 2013, apontou que 65% dos gestores ouvidos afirmaram ter resistência de contratar pessoas com deficiência e que 93% demonstram resistência para entrevistar estes profissionais. Com dificuldades para se inserirem no mercado de trabalho, o esporte surge como única alternativa de carreira viável para muitos portadores de deficiência. Formação de ídolos Com gerações vencedoras, o Brasil forma um ciclo que ajuda a incentivar a prática esporte entre os deficientes. Prova disso é Daniel Dias, dono de 15 medalhas paralímpicas, que iniciou na natação depois de acompanhar o ídolo Clodoaldo Silva brilhar com seis medalhas nos Jogos de Atenas-2004. O veterano, de 36 anos, inspirou toda uma geração seguinte de nadadores que, além de Dias, conta com André Brasil, outro multimedalhista das piscinas. Talisson Glock, Phelipe Melo e Ruiter Silva, todos com idade entre 20 e 25 anos e medalhistas no último Parapan, já despontam como o futuro da natação paralímpica brasileira. Aqui vale também ressaltar a aposta bem-sucedida do Comitê, que em 2004, nos Jogos de Atenas, comprou os direitos de transmissão e distribuiu gratuitamente as imagens para quem quisesse exibir. A iniciativa, repetida em 2008, trouxe mais exposição e ajudou a popularizar o esporte e aos atletas paralímpicos.

Fonte: SENAC

Deficiente Saúdavel Esporte Paralimpico

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