O seminário Projetos de Esportes e Lazer continuara a debater desta vez os Programas Esportivos para a Terceira Idade e para Pessoas Deficientes e a Gestão Estratégica Municipal de Esporte e Lazer. O secretário estadual de Esportes, Lazer e Turismo, Claury Alves Silva, participou dos debates e apresentou o conjunto de iniciativas do úrgão para o incentivo do desenvolvimento do desporto no Estado.
O secretário detalhou as iniciativas do Executivo nesse sentido, como por exemplo, o envio do projeto Bolsa Talento Esportivoà Assembleia. O PL 2 /2009 tramita na Comissão de Constituição e Justiça e está em fase de exame pelo relator especial, deputado Fernando Capez (PSDB). O programa previsto pelo PL garantirá apoio financeiro a atletas de diversas modalidades esportivas, desde que vinculados a entidades esportivas ou úrgãos gestores de esporte do Estado e seus municípios há pelo menos um ano, assegurando prioridade aos participantes de eventos incluídos no Calendário Oficial da Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo.
Prática esportiva e inclusão reversa
Elisabeth de Mattos, especialista na prática esportiva com pessoas deficientes como professora da Escola de Educação Física e Esportes da Universidade de São Paulo, abordou o primeiro tema. (Analisando a inter-relação do esporte com a saúde e a qualidade de vida creio que as políticas públicas devem englobar programas de atividades físicas e esportivas), declarou a especialista. Mattos acha que a prática esportiva traz ao deficiente, físico ou cognitivo, a habilidade física esportiva e o prazer desta habilidade, a melhora da autoestima.
(Foi a partir dos Jogos Olímpicos de Sidney que o Brasil começou a valorizar os atletas dos Jogos Paraolímpicos os quais, ao contrário dos atletas convencionais, trouxeram medalhas de ouro para o país, mostrando que os deficientes podem ser vencedores e ter sucesso profissional), disse ela, afirmando também que (é um direito de todo o cidadão competir em práticas esportivas).
Mattos observa, ao longo de anos de experiência, que a prática de atividade física e de esportes competitivos auxilia as pessoas deficientes na convivência com seus problemas físicos, na conquista social de um convívio rico e cooperativo, introduzindo possibilidades novas de adaptação.
Em relação ao idoso, a professora disse que (quem é ativo pode retardar e sofrer menos pelo processo de envelhecimento), pois a atividade física minimiza a dependência e melhora a autoestima, reduzindo o impacto do envelhecimento. Ela considera ainda que as diferenças sociais, econômicas, culturais e étnicas poderiam ser amenizadas através de políticas públicas e do convívio que elas propiciariam se contemplassem as necessidades dos diferentes grupos. Uma das propostas de Mattos é que se criem programas de políticas públicas que unam idosos e pessoas deficientes, para que a experiência e disponibilidade de tempo de uns colaborem para o bem estar e até mesmo para o desenvolvimento da prática esportiva em outros, ocupando os idosos de forma produtiva e gerando a (inclusão reversa).
A responsabilidade do município
José Roberto Gnecco, professor da Unesp Rio Claro e funcionário da Secretaria de Alto Rendimento do Ministério do Esporte apresentou uma sugestão de gestão de esporte para os secretários presentes, lembrando que só a Constituição de 1988 considerou esporte e lazer como um direito em que o cidadão deve ter garantidas a universalidade, a integralidade e a qualidade.
Gnecco sugeriu que o planejamento dos programas seja feito com bases nas demandas manifestas e latentes do município, e que se considere sempre os princípios de saúde e cultura, bem como a racionalização administrativa.
Para a implantação de um programa,( o município é o responsável por oportunizar a prática esportiva e o lazer, considerando o tempo livre da população), o que Gnecco exemplificou com uma tabela
Fonte: Deficiente Ciente