Ao falar à Angop sobre o programa de cadastramento de pessoas deficientes vítimas de acidentes de minas no Cunene, Mário Satipamba disse que, a adesão deste grupo alvo é fraca, o processo de registo teve inicio em 2011 e até o momento estão somente registados 183 pessoas.
Daí o apelo, para que os cidadãos nestas condições procurem o serviço do CNIDAH na sede do governo provincial, nas administrações municipais e comunas, precisou o responsável.
Mário Satipamba fez saber que, diante desta pouca adesão dos portadores de deficiência física vítima de minas ao cadastramento, serão reforçadas as acções de sensibilização junto às comunidades locais, sendo que o registo vai permitir ter uma base de dados de quantos deficientes físico vítima de engenho explosivo estão no Cunene.
A par disso, só por meio deste exercício será possível inseri-los em projectos socioeconómicos, tendo em vista o seu auto-sustento e dos seus dependentes, informou o responsável.
O oficial de ligação do CNIDAH no Cunene considerou também que, esta acção vai tirar muitos dos deficientes vítimas de minas do anonimato, que até o momento desconhecem da existência de projectos de apoios, promovidos pelo executivo angolano.
O responsável informou que, para evitar os acidentes por minas no Cunene, as operadoras de desminagem tem vindo a promover acções de sensibilização sobre riscos de minas, onde foram já sensibilizados mil e 82 cidadãos residentes nas zonas suburbanas e rurais, nos últimos nove mês.
Segundo dados estatísticos do CNIDAH, três pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas em consequência de dois acidentes de minas, ocorridos no município do Cuanhama, no período de Janeiro a Agosto deste ano.
Cunene conta com três operadoras de desminagem, concretamente a Brigada das Forças Armadas Angolanas, o Instituto Nacional de Desminagem (INAD) e a Ong (Terra-Mãe).
Fonte: Agência Angola Press